Para contrariar a «crise de fé» e o «desinteresse pela dimensão religiosa da vida», o bispo de Santarém apresentou uma carta pastoral à diocese com um conjunto de propostas que visam abrir caminho à nova evangelização
Para contrariar a «crise de fé» e o «desinteresse pela dimensão religiosa da vida», o bispo de Santarém apresentou uma carta pastoral à diocese com um conjunto de propostas que visam abrir caminho à nova evangelização Há uma crise de fé, um desinteresse pela dimensão religiosa da vida. Sem Deus falta a luz e o apoio para a existência humana e a referência para o bem e o mal, escreve o bispo de Santarém, Manuel Pelino, numa carta pastoral aos diocesanos, intitulada Felizes os que acreditam. Num desafio aos fiéis para que se mobilizem contra o ceticismo, o prelado alerta para necessidade de se evangelizar de novo e de forma nova. Em ambiente de descrença, Deus parece escondido por um véu ou uma parede fechada.como se estivesse ausente ou se tivesse eclipsado da vida de cada um e da história dos homens, refere Manuel Pelino, apontando a convocação de um ano da Fé pelo Papa Bento XVI, como uma oportunidade para se compreender e viver o fundamento da fé cristã. Para o bispo, que é também vogal da Comissão Episcopal da Educação Cristã e da Doutrina da Fé, torna-se necessário começar pelo princípio, pelo despertar da fé, dando relevo ao primeiro anúncio de Jesus Cristo face à ignorância religiosa que atinge a sociedade contemporânea. Notamos algum cansaço e desânimo da parte dos evangelizadores que chocam com o desinteresse das pessoas do nosso tempo que se mostram indiferentes à prioridade de Deus e à dimensão espiritual da vida e não dão ouvidos ao anúncio do evangelho. Neste contexto, cada comunidade precisa de traduzir a nova evangelização em propostas concretas, adianta Manuel Pelino, citado pela agência Ecclesia. Uma das ideias, segundo o prelado, passaria pela criação de uma missão de rua ou porta a porta que levasse o Evangelho ao encontro das pessoas nos lugares onde decorre a sua vida quotidiana. Outra, seria a valorização, numa perspetiva evangelizadora, dos encontros de preparação e de celebração dos sacramentos, sacramentais e de piedade popular.