Entrada do país de Hugo Chávez no bloco foi decidida sem a presença de representantes do Paraguai, o que está a suscitar alguma polémica. O presidente venezuelano considera a adesão um momento histórico para o país
Entrada do país de Hugo Chávez no bloco foi decidida sem a presença de representantes do Paraguai, o que está a suscitar alguma polémica. O presidente venezuelano considera a adesão um momento histórico para o país Formado originalmente pela argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) será reforçado esta terça-feira, 31 de julho, com a entrada da Venezuela. a adesão será formalizada em Brasília, sem a presença dos responsáveis paraguaios, que foram suspensos depois da destituição relâmpago do ex-presidente do país, Fernando Lugo. Lugo, que é aliado dos restantes presidentes do Mercosul, foi afastado em 22 de junho, num processo que durou menos de 48 horas, liderado pelo Congresso Nacional do Paraguai. as nações vizinhas consideraram a destituição antidemocrática e criticaram o facto do presidente deposto não ter tido oportunidades para se defender. E suspenderam o país do bloco. Dado que a suspensão deverá manter-se pelo menos até abril de 2013, data em que se realizam as eleições presidenciais no Paraguai, foram várias as manifestações de desagrado pela entrada da Venezuela no Mercosul nesta altura. até porque, quando regressarem às suas funções no bloco, os representantes paraguaios podem contestar a adesão. Indiferente às críticas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viajou para o Brasil, para assinar a integração como membro-pleno do Mercosul, em defesa e promoção dos interesses dos venezuelanos e para colocar o país na exata dimensão geográfica, geopolítica e geoeconômica. Foram anos e anos de busca de nosso verdadeiro rumo, nosso rumo é o sul e isso está escrito, gravado como letras heroicas nas páginas de nossa história, afirmou Chávez, salientando que a adesão ao bloco tem como objetivo a defesa e promoção dos mais altos interesses do povo venezuelano.