Elementos de mais de 60 comunidades indígenas da Bolívia foram chamados a pronunciar-se sobre o projeto de construção de uma estrada que prevê atravessar o Parque Nacional Isiboro Sécure. a via serviria para ligar a amazónia brasileira aos portos do Pacífico
Elementos de mais de 60 comunidades indígenas da Bolívia foram chamados a pronunciar-se sobre o projeto de construção de uma estrada que prevê atravessar o Parque Nacional Isiboro Sécure. a via serviria para ligar a amazónia brasileira aos portos do Pacífico Para pôr fim às divergências entre os índios e o governo do presidente Evo Morales, mais de 60 comunidades indígenas afetadas pela construção de uma estrada no Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS) foram chamadas a manifestar a sua opinião sobre o projeto, através de um referendo, iniciado a partir de Oromomo, no departamento de Beni, na Bolívia. a consulta popular decorre até 20 de agosto, com a supervisão da União das Nações Sul-americanas e da Organização dos Estados americanos. Irão votar perto de 11. 000 indígenas. a eles caberá decidir se aceitam ou recusam a obra. a estrada previa o atravessamento do TIPNIS, uma reserva natural com 12. 000 quilómetros quadrados, onde existem reservas petrolíferas. Serviria para unir as localidades de Villa Tunari e San Ignacio de Moxos e formaria parte de uma rede viária que ligava a região amazónica brasileira aos portos da costa do Pacífico. Os índios, através do seu porta-voz Fernando Vargas, uma das personalidades mais conhecidas nos protestos contra o projeto, acusam o governo de querer favorecer a invasão do parque pelos produtores de coca e colonos andinos. Depois de grandes mobilizações indígenas, que levaram a violentos confrontos com as forças de segurança, em 5 de julho, o governo e os nativos concordaram em realizar um referendo. No entanto, sete comunidades foram excluídas do acordo, uma delas representada por Vargas.