a pesquisa ilegal de ouro e diamantes voltou em força à bacia do rio Tapajós, nos estados do Pará e Mato Grosso, no Brasil. Calcula-se que estejam na região mais de metade do número total de garimpeiros espalhados pela amazónia. a maioria está ilegal
a pesquisa ilegal de ouro e diamantes voltou em força à bacia do rio Tapajós, nos estados do Pará e Mato Grosso, no Brasil. Calcula-se que estejam na região mais de metade do número total de garimpeiros espalhados pela amazónia. a maioria está ilegal Depois de uma intensa fase de exploração nos anos 70 e 80 do século passado, e de uma estagnação nas duas décadas seguintes, o garimpo ilegal de ouro e diamantes voltou em força à região do Tapajós. Numa reportagem publicada no jornal Valor, o jornalista andré Borges estima que estejam na zona perto de 60 mil garimpeiros. É mais de metade dos 110 mil garimpeiros que estão espalhados por toda a amazónia, o que faz do Tapajós o maior garimpo do Brasil, escreve o repórter, citando Seme Sefrian, ex-secretário de Mineração e de Meio ambiente de Itaituba. Esta nova corrida ao ouro começou após o governo ter anunciado que parte das terras que pertenciam às unidades de conservação da amazónia foram desvinculadas das áreas protegidas. Quase todo esse batalhão atua de forma irregular, seja utilizando materiais ou máquinas proibidas, seja agindo em unidades protegidas ou sem qualquer tipo de autorização. O mercúrio, matéria-prima usada para separar o ouro da terra, segue direto para os afluentes do Tapajós. a terra, depois de lavada com mangueiras bico-jato’, não é recomposta, deixando para trás imensas crateras de lama, descreve o jornalista. No meio desta febre, os garimpeiros passaram a utilizar máquinas retroescavadoras para escavar mais fundo, que são transportadas em balsas, de forma ilegal , mas aparentemente sem problemas. Para quem está no ramo, o risco compensa. O Tapajós transformou-se de novo no El Dorado’. Por mês, está a ser extraída meia tonelada de ouro, o que equivale a 26,4 milhões de dólares. Há cinco anos, não eram produzidos mais de 200 quilos por mês. E o problema é que muito do que é retirado, produzido ou vendido na região não tem qualquer controle, alerta Sefrian.