“Em vós põem os seus olhos e esperam, e vós a todos dais o alimento no tempo devido”, diz-nos o salmo responsorial de hoje
“Em vós põem os seus olhos e esperam, e vós a todos dais o alimento no tempo devido”, diz-nos o salmo responsorial de hojeComo habitantes da nossa terra, muito nos diz o evangelho do 17º domingo do tempo comum. Fala-nos da multiplicação dos pães e dos peixes operada por Jesus, para saciar aquela grande multidão que tanta fome tinha da sua palavra. Tragicamente, há bastante fome entre nós, em Portugal. E, por um lado, é pena e mister dizer que não há necessidade para tal desastre no meio de nós. Há muita riqueza na posse duma pequena percentagem de cidadãos (?… ) da nossa mesma pátria. Mas, infelizmente, nem todos sentem a necessidade de partilhar com os que têm fome. Haver mães que choram por pouco ou quase nada terem para dar aos seus filhinhos, é realmente um pecado que brada aos céus.como podem certos indivíduos das classes mais ricas aceitar, senão mesmo desenvolver, uma situação tão desumana? Quanto dinheiro que, por vezes, é o preço dos suores de tantos pobres, está seguro em bancos estrangeiros, sem nada contribuir para o bem da nossa gente!

Bem-aventurados/as tantos homens e mulheres e jovens que dedicam tanto de si próprios aos que mais precisam. Esses, sim, são os verdadeiros cidadãos de honra da pátria, esses sim têm o que faz do homem um verdadeiro ser humano. Esses e essas, sim, têm um coração sacrário do amor, têm uma alma onde mora a compaixão e o amor de Deus.
ao ver a multidão, no evangelho de hoje, o coração de Cristo perguntou ao apóstolo Filipe onde comprar pão para dar a toda aquela gente. Tomou então os cinco pães e os dois peixes e deu graças. Dar graças! a gratidão é a flor mais bela que possa medrar no coração humano, disse alguém. E todos comeram e ficaram saciados. E ainda sobraram doze cestos de restos dos pães e dos peixes. Bem-aventurados/as os que dignamente comem o pão do Corpo do Senhor, que quis ficar no meio do seu povo. ao ser Ele recebido e meditado, d’Ele jorra uma compreensão maior dos passos das vidas marcadas pela cruz. Diz também o evangelho que, quando Jesus multiplicou os pães, estava próxima a Páscoa dos judeus, o signo da aliança de Deus com o seu povo. Os nossos antepassados juraram alianças com Deus, com Cristo Salvador, com a Virgem Mãe da Pátria. Senhor, abris a vossa mão e saciais plenamente todo o ser vivo. Sois bondoso em todas as vossas obras e estais próximo de quantos vos invocam, reza o salmo responsorial.