O bispo de Bragança-Miranda adverte que «não é preciso inventar-se nada», basta que todos se centrem «no essencial» e procurem uma liturgia «séria, simples e bela». Para o prelado, é preciso «reaprender a celebrar»
O bispo de Bragança-Miranda adverte que «não é preciso inventar-se nada», basta que todos se centrem «no essencial» e procurem uma liturgia «séria, simples e bela». Para o prelado, é preciso «reaprender a celebrar» Um dos pontos fundamentais para a nova evangelização é a liturgia. Mas no entender de José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, a liturgia é precisamente o que mais se esbanja na Igreja. a afirmação foi feita esta segunda-feira em Fátima, na abertura do 38º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, numa conferência dedicada à Eucaristia, ápice e fonte da missão e da caridade. Infelizmente, em muitos lugares a liturgia reduz-se a uma proclamação de textos e execução técnica de gestos, sem cantos, sem uma linguagem verbal e não verbal que manifeste o mistério e a arte de bem celebrar, afirmou o prelado, apelando à necessidade de um redescobrir do caminho da fé, de um reaprender a celebrar. É urgente uma liturgia séria, simples, bela, que seja experiência do mistério, permanecendo, ao mesmo tempo, inteligível, capaz de narrar a perene aliança de Deus com os homens. Um equilíbrio entre a Palavra e o Sacramento – equilíbrio entre a palavra, o canto, o silêncio e o rito, afirmou o bispo mais novo da Igreja católica em Portugal. O Encontro de Pastoral Litúrgica decorre até sexta-feira, 27 de julho, e conta com a participação de 1200 pessoas, mais 100 do que o ano passado. É um fenómeno único na Europa, pelo menos no figurino em que está a desenvolver-se, destacou o bispo. Durante uma semana, os participantes irão dividir-se entre as orações na Capelinha das aparições e Igreja da Santíssima Trindade, e as conferências no Centro Pastoral Paulo VI.