Chamas continuam a consumir muitos hectares de floresta e a ameaçar as habitações. Cáritas Portuguesa manifestou-se solidária com as vítimas e disponibilizou uma verba de emergência para auxiliar as populações afetadas
Chamas continuam a consumir muitos hectares de floresta e a ameaçar as habitações. Cáritas Portuguesa manifestou-se solidária com as vítimas e disponibilizou uma verba de emergência para auxiliar as populações afetadasOs incêndios que desde domingo têm fustigado a ilha da Madeira continuam por circunscrever. Esta sexta-feira de manhã as chamas lavravram com alguma intensidade no Sítio das Morenas, no concelho de Santa Cruz, e aproximavam-se perigosamente das habitações. Os bombeiros lutavam ainda contra um fogo florestal de dimensões consideráveis, em Porto Moniz. Nestes últimos dias foram destruídas vastas áreas de floresta, mato e algumas habitações, nos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Calheta, Ribeira Brava e Porto Moniz. a acompanhar de perto a situação, que classifica como uma calamidade, o bispo do Funchal manifestou a sua solidariedade espiritual e profunda comunhão com as pessoas atingidas pelos incêndios e prometeu o apoio da Igreja. Toda a nossa diocese, com as suas paróquias e instituições, vive momentos de grande sofrimento e apreensão, devido aos incêndios que assolam várias partes da nossa ilha, afirmou antónio Carrilho, numa nota citada pela agência Ecclesia. Segundo o prelado, a diocese do Funchal colocou-se no terreno desde a primeira hora, através da Cáritas, e vai procurar prestar apoio às necessidades das populações que têm sido e estão a ser afetadas. Em complemento, a Cáritas Portuguesa disponibilizou uma verba de 20 mil euros para fazer face às situações de maior emergência social. E os párocos das zonas mais atingidas já receberam indicações para acompanharem de maneira muito fraternal e próxima todos aqueles que passam por grandes dificuldades. No Continente, o concelho de Tavira era o único a figurar esta manhã na página dos incêndios da autoridade Nacional de Proteção Civil (aNPT). O fogo, que estava ativo desde quarta-feira à tarde, mobilizava 650 bombeiros, com 150 viaturas. Um terço do município já tinha ardido. O ponto da situação é drástico, porque o fogo chegou a Tavira. Um incêndio que acontece em Cachopo, com dois dias de operações com muitos meios no terreno, chegar a Tavira, independentemente das consequências, só posso dizer que foi drástico e grave, lamentou o presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho.