Combates intensificam-se em Damasco e a situação no resto do país continua a degradar-se, com milhares de pessoas a abandonarem as suas casas para fugirem à violência. Só à Jordânia já chegaram 140 mil sírios, segundo informações da ONU
Combates intensificam-se em Damasco e a situação no resto do país continua a degradar-se, com milhares de pessoas a abandonarem as suas casas para fugirem à violência. Só à Jordânia já chegaram 140 mil sírios, segundo informações da ONU Enquanto alguns quadrantes políticos já vaticinam o fim do regime de Bashar al-assad na Síria, prosseguem os combates na capital do país e agravam-se as condições de vida de milhares de pessoas, que não encontram outra solução para fugir à violência senão a de abandonar as suas casas. Várias fontes contactadas pela agência Misna falam já de uma emergência humanitária. Um dos exemplos mais flagrantes vive-se em alepo, a segunda maior cidade da Síria. Nos últimos dez dias, o fluxo de pessoas deslocadas provenientes das aldeias próximas da cidade aumentou, com consequências imediatas em termos humanitários, afirmaram vários missionários, que têm tentado criar uma rede de auxílio aos refugiados em colaboração com a sociedade civil, mas sem capacidade para responder a todas as solicitações. a alepo têm chegado também muitas famílias provenientes de Homs, um dos locais onde o confronto entre a oposição armada e as forças do governo é mais forte. Os conflitos estão a provocar a subida em flecha dos preços dos bens de consumo e, em alguns casos, a escassez desses mesmos bens. Há que esperar em longas filas para adquirir gás de cozinhas e as saídas da cidade são cada vez mais limitadas, adiantaram as mesmas fontes. O número de sírios que abandonam o país é cada vez maior, tornando impossível obter dados precisos sobre o total de refugiados. Segundo o alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), desde março de 2011 já chegaram 140 mil sírios à Jordânia. E as previsões apontam para a chegada de mais 100 mil deslocados, 75 por cento dos quais são mulheres e crianças.