O mediático juiz espanhol aceitou o convite dos habitantes do departamento do Cauca, Colômbia, para mediar o conflito entre a comunidade e o governo. Os indígenas exigem a retirada do exército e dos guerrilheiros do seu território
O mediático juiz espanhol aceitou o convite dos habitantes do departamento do Cauca, Colômbia, para mediar o conflito entre a comunidade e o governo. Os indígenas exigem a retirada do exército e dos guerrilheiros do seu território Determinado, frontal e muito unido, o povo Nasa mantém a intenção de limpar’ o seu território e acabar de uma vez por todas com os conflitos entre os militares do exército colombiano e os elementos das Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC). Numa carta dirigida ao líder da guerrilha, Rodrigo Londono Echeverry, exigiu que o grupo deixasse a região até à meia-noite desta terça-feira (hora local). Não necessitamos da vossa presença porque a guerrilha não nos trás tranquilidade, escreveram os habitantes. Para o exército, que está estacionado na região, foi enviada uma missiva idêntica. a população pediu aos militares que se retirem em três dias, acusando-os de não terem conseguido completar a missão que haviam definido: pôr fim ao tráfico de drogas e acabar com a presença da guerrilha. Os confrontos entre o exército e as FaRC agravaram-se nos últimos dias, sobretudo no município de Toribio, o que levou a comunidade a unir-se para exigir a desmilitarização. Segunda-feira, uma delegação em representação dos moradores reuniu-se com o ex-juiz espanhol Baltazar Garzón, no município de Miranda, para lhe pedir que servisse de mediador entre a comunidade e o governo. Garzón, que é conselheiro da Organização de Estados americanos na Colômbia, para temas como direitos humanos e justiça, aceitou o desafio. Mas o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, já se apressou a declarar que o magistrado não é porta-voz do governo. Compreendo a pressão a que os indígenas têm sido submetidos pelos grupos terroristas por tantos anos. Respeitamo-los e o governo tem vontade de dialogar, mas de maneira nenhuma a Força Pública sairá de lá. ao contrário, esta operação irá ser aprofundada e vai alcançar os seus objetivos, aifrmou o ministro. Os indígenas insistem na retirada das forças armadas da região, passando a segurança do território a ser da responsabilidade exclusiva da guarda indígena.