Governo está determinado a esmagar os redutos rebeldes e lançou uma ofensiva na província de Deraa, o berço da contestação iniciada há 16 meses. Os observadores da ONU estão a investigar um dos últimos massacres, no centro do país

Governo está determinado a esmagar os redutos rebeldes e lançou uma ofensiva na província de Deraa, o berço da contestação iniciada há 16 meses. Os observadores da ONU estão a investigar um dos últimos massacres, no centro do país
No dia em que os observadores das Nações Unidas chegavam a Treimsa, no centro da Síria, para investigar as circunstâncias da morte de mais de 150 pessoas, centenas de soldados do exército atacaram a província de Deraa (sul), para expulsarem os grupos rebeldes. Helicópteros militares bombardearam Khirbet Ghazalé, abrindo caminho aos carros de combate e a centenas de soldados, que ocuparam a cidade. No rescaldo do ataque, milícias pró-regime saquearam e incendiaram casas abandonadas pelos moradores, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O Exército entrou sem resistência, pois os rebeldes do Exército Sírio Livre, composto essencialmente de desertores, tinham deixado a cidade antes da invasão, afirmou este sábado, 14 de julho, uma testemunha citada pela France Presse, indicando a existência de dezenas de feridos e a falta total de assistência médica. Segundo o OSDH, mais de 17. 000 pessoas morreram desde meados de março de 2011, data em que rebentou uma revolta popular que se militarizou com o passar dos meses frente à repressão brutal levada a cabo pelo governo.