as Nações Unidas assinalaram em 11 de julho o “Dia Mundial da População de 2012”, sobre o acesso à saúde reprodutiva. a terra conta hoje sete mil milhões de habitantes, metade dos quais com menos de 25 anos
as Nações Unidas assinalaram em 11 de julho o “Dia Mundial da População de 2012”, sobre o acesso à saúde reprodutiva. a terra conta hoje sete mil milhões de habitantes, metade dos quais com menos de 25 anos a contagem da população atingiu este número em 31 de outubro de 2011. Estudos recentes apontam para uma subida acentuada do número de pessoas: cerca de nove mil milhões é a previsão para 2050 e estima-se que em 2100 o número seja de 15 mil milhões. Mesmo tratando-se de previsões e como tal sujeitas a erros ou imponderáveis, a verdade é que se trata de números assustadores. E porquê? Essencialmente trata-se de um tremendo desafio a todos os países e entidades para assegurar condições não apenas de sobrevivência, mas também de bem-estar adequados.

a maioria da população mundial está em países onde o crescimento económico é mais lento do que o crescimento populacional e, se a isso juntarmos o decréscimo de muitos países, o problema é ainda mais grave. as Nações Unidas e até mesmo algumas Organizações Não Governamentais (ONG) assentam os seus esforços no apoio às mulheres em idade fértil, sobretudo através do incentivo ao uso de contracetivos, embora haja a possibilidade de o fazer por outros métodos que derivam de bases culturais e até pessoais. Bento XVI foi claro quanto ao assunto, dizendo aceitar apenas o uso de preservativo em alguns casos, quando a intenção é de reduzir o risco de contaminação, isso poderá ser um primeiro passo para preparar o caminho para uma sexualidade mais humana. Referia-se especialmente à contaminação do vírus da SIDa.

John Seager, presidente da Population Connection, uma organização que promove a estabilização dos números da população, disse que todas as mulheres devem ser capazes de selecionar o tamanho das suas famílias e quando o fazem, tipicamente escolhem ter poucos filhos. Um relatório recente das Nações Unidas indica que 222 milhões de mulheres em todo o mundo querem evitar ou adiar a gravidez e não têm acesso ao controlo da natalidade. O número de mulheres que não usam contracetivos nos países mais pobres do mundo aumentou nos últimos quatro anos. Dois desses países são o Paquistão e a Índia. Um outro país pobre com uma grande população é a Etiópia. as Nações Unidas defendem o acesso universal à saúde reprodutiva em 2015. Mas, como diz Ilhaam Jafer, uma indo-paquistanesa imigrada nos Estados Unidos, a única solução é educar as mulheres. Se as educarmos, educamos uma família inteira.

O controlo demográfico é possível, mas não pode ser feito contra os homens e mulheres do planeta, suas necessidades, culturas e religiões, portanto tem que ter em conta a sua natureza e diversidade. Robert Engelman, presidente do Worldwatch Institute (EUa), advoga duas medidas polémicas para um padrão de crescimento ambientalmente sustentável: acabar com todas as políticas que recompensam financeiramente os pais com base no número de filhos e atribuir preços aos custos e impactos ambientais de um filho adicional numa família, medidas que ainda existem em alguns países. Não será, em meu entender, o caminho correto, pois é através da família que se obtém a harmonia individual e social, e não o contrário.

O problema não está no crescimento da população, mas na ausência de políticas sociais no sentido da proteção familiar, educação, justa distribuição dos recursos, ou seja uma organização responsável, a nível global, que permita que todo o ser humano tenha direito à vida. a vida é o dom mais importante dado pelo Criador ao ser humano e como tal deve ser tratado e nunca espezinhado.