O pecado faz com que exista «um pequeno ditador» em cada um de nós, uma vontade de dominar o mundo. Mas este sentimento de domí­nio, de ódio, não persistirá por muito tempo. a última palavra será sempre a da justiça do amor, segundo o bispo Nuno Brás
O pecado faz com que exista «um pequeno ditador» em cada um de nós, uma vontade de dominar o mundo. Mas este sentimento de domí­nio, de ódio, não persistirá por muito tempo. a última palavra será sempre a da justiça do amor, segundo o bispo Nuno BrásO Senhor Jesus diz-nos que não são as armas; que não é o poder político ou tecnológico; que não é o domínio psicológico ou das riquezas materiais e, muito menos a notoriedade diante de todos, a possuirem a última palavra acerca do mundo, da história e de cada ser humano, afirmou esta quinta-feira à noite, em Fátima, o bispo auxiliar de Lisboa. Na celebração de abertura da Peregrinação Internacional aniversária de julho ao Santuário de Fátima, Nuno Brás exortou os devotos a deixarem entrar Deus nos seus corações, a manterem e reforçarem a sua fé. Os homens poderão destruir; poderão dominar por algum tempo; poderão, por alguns dias ou anos, sujeitar os demais ao seu jugo. Mas não será a sua palavra de ódio, de domínio ou de vingança, a última a ser pronunciada sobre a história e sobre cada ser humano, sublinhou. Ser o senhor do mundo’ é um sonho que, de tempos a tempos, regressa às mentes de um ou outro mais poderoso. De alexandre Magno a Estaline, de Napoleão Bonaparte a Hitler, e de tantos outros, detentores de poder ou que imaginaram sê-lo (): no fundo, o pecado faz com que, em cada um de nós, exista um pequeno ditador’, que se deseja sobrepor aos demais, e que, se tivesse condições para sujeitar o mundo inteiro, não hesitaria em fazê-lo, disse o bispo. No entanto, a última palavra – diante da qual um coração cheio de ódio não deixará de sentir a justiça do amor – será sempre aquela pronunciada pelo coração de Deus. E essa será sempre uma palavra de amor – daquele amor que, esquecendo-se de si mesmo, não hesitou em fazer seus os nossos pecados e a própria morte, para a todos os viver e derrotar no madeiro da cruz notou o prelado, na missa da vigília noturna.