a crise na agricultura, provocada pela seca, está a empurrar os jovens do Burkina Faso para a pesquisa de ouro. Mas quando conseguem realizar dinheiro, gastam-no em drogas e na prostituição, em vez de ajudarem os pais
a crise na agricultura, provocada pela seca, está a empurrar os jovens do Burkina Faso para a pesquisa de ouro. Mas quando conseguem realizar dinheiro, gastam-no em drogas e na prostituição, em vez de ajudarem os pais a febre do ouro amarelo no Burkina Faso já substituiu o ouro branco (o algodão), que tem sido, até agora, o principal produto de exportação do país.com a seca a atingir gravemente o setor da agricultura, muitos jovens estão a deixar o campo e a partir para os rios, à procura de ouro. Num ano, a produção industrial do metal precioso aumentou de cinco para onze toneladas. Mas este crescimento não se tem traduzido na melhoria das precárias condições de vida existentes na nação africana. O fenómeno é muito perturbador. Quando os jovens conseguem obter um pouco de dinheiro, preferem gastá-lo nas grandes cidades, em vez de usá-lo para ajudar seus pais. Nos sítios de busca vê-se todo tipo de comportamento errado: consumo de drogas, prostituição, roubos e violações. alguns jovens voltam para casa doentes. E mesmo se não possuem meios, os pais sentem-se obrigados a curá-los não obstante os poucos recursos económicos. a procura de ouro está criando para nós sérios problemas, afirmou o prefeito de Boroum, um dos locais mais afetados pelos efeitos da mineração. Segundo um estudo da Cáritas do Burkina, citado pela agência Fides, o setor da extração mineral está nas mãos de empresas estrangeiras, sobretudo dos Estados Unidos da américa, França, Canadá e austrália. Depois, existe a mineração artesanal, à qual se dedicam milhares de burquinenses, atraídos pela possibilidade de grandes ganhos. a realidade, porém, é um pouco diferente. Para encontrarem pequenas quantidades de ouro, têm que peneirar as areias dos rios, num trabalho árduo e ingrato, feito durante horas e horas, sob o sol ofuscante. E os que conseguem encontrar algumas pepitas podem contar-se pelos dedos, lamenta o padre Isidore Ouedraogo, responsável da Cáritas Burkina.