a amnistia Internacional publicou um relatório sobre violência doméstica em Espanha. Enquanto os casos vão aumentando, a resposta é morosa e, às vezes, carregada de incompreensão.
a amnistia Internacional publicou um relatório sobre violência doméstica em Espanha. Enquanto os casos vão aumentando, a resposta é morosa e, às vezes, carregada de incompreensão. O número de mulheres mortas pelos seus companheiros ou ex-companheiros não pára de aumentar desde 2001, de acordo com as estatí­sticas oficiais. Em 2004, foram 74 as mulheres que morreram às mãos dos seus companheiros. Sete delas tinham recebido ordens judiciais de protecção.
as sobreviventes da violência doméstica enfrentam grandes dificuldades para conseguir ajuda, protecção e justiça, de acordo com o relatório da amnistia Internacional (aI). Segundo as estatí­sticas oficiais, 95 por cento das vítimas nunca chega a apresentar queixa. Quem apresenta queixa muitas vezes esbarra com a indiferença ou enfrenta interrogatórios, que ignoram o trauma que estas mulheres sofreram.
“O estado espanhol tem a responsabilidade de prevenir a violência, investigar os abusos, punir os responsáveis e compensar as vítimas. Tal deve ser feito sem demora e usando os meios apropriados”, disse Maria Naredo, da aI espanhola.
Há uma nova lei em estudo para estes casos. No entanto a aI avança com recomendações para o governo espanhol:

  • Estabelecer, em todo o país, modelos de resposta para os casos de violência doméstica;
  • acção efectiva de detecção da violência doméstica e provisão de cuidados de saúde para os sobreviventes;
  • avaliar as medidas existentes, juntamente com as sobreviventes e as associações de mulheres.