Conselho de Europa acolhe positivamente a transição para a democracia no Egito, mas manifesta “profunda preocupação” pelos recentes acontecimentos no Cairo, como “obstáculos reais para a democracia”
Conselho de Europa acolhe positivamente a transição para a democracia no Egito, mas manifesta “profunda preocupação” pelos recentes acontecimentos no Cairo, como “obstáculos reais para a democracia” a assembleia parlamentar do Conselho de Europa manifesta satisfação pela eleição do primeiro presidente civil do Egito, Mohamed Mursi, considerando-a uma etapa histórica na transição do país para a democracia. ao mesmo tempo exprime profunda preocupação pelos recentes desenvolvimentos internos que representam obstáculos reais para a democracia que está a emergir lentamente. Estes obstáculos têm a ver com a dissolução do Parlamento, com as mudanças constitucionais introduzidas pelo Conselho Supremo das Forças armadas e com a independência e imparcialidade da Corte constitucional. Recorde-se que o Conselho Supremo atribuiu o poder legislativo ao exército e retirou ao presidente alguns poderes, como por exemplo em matéria de política estrangeira e defesa. O texto adotado pelo Conselho de Europa aponta alguns desafios fundamentais, como a questão do equilíbrio dos poderes, sobretudo o modo como o exército partilhará o poder com o presidente, o papel das mulheres e das minorias religiosas. O presidente deve tranquilizar, desde já, os cidadãos egípcios que anseiam por estabilidade e segurança. aconselha ainda o novo presidente a iniciar reformas altamente indispensáveis, enquanto não organiza uma administração civil livre das práticas de corrupção do passado e a dar um novo impulso à economia.