Num ano morreram cerca de 271 mil crianças, com menos de cinco anos, devido a problemas de saúde causados pela inexistência de água potável, saneamento básico e condições mí­nimas de higiene
Num ano morreram cerca de 271 mil crianças, com menos de cinco anos, devido a problemas de saúde causados pela inexistência de água potável, saneamento básico e condições mí­nimas de higiene a Etiópia continua a ser um dos países de África com mais carências no abastecimento de água potável à população, nas infraestruturas de saneamento e condições de acesso aos serviços de saúde. Dos 83 milhões de habitantes, pouco mais de metade pode usufruir das redes de água domiciliária e tratamento de esgotos. as consequências são trágicas. Todos os anos morrem milhares de pessoas, sobretudo crianças, devido a doenças relacionadas com a privação destes bens. Segundo um estudo do World Bank’s Ethiopia, citado esta quinta-feira pela agência Fides, só em 2010 morreram cerca de 271 mil crianças com menos de cinco anos, muitas delas com pneumonias e diarreias. Para travar esta tendência, o país está a tentar alcançar o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas sobre água, saneamento e higiene, através do Universal access Plan II, que irá fornecer água potável a 98,5 por cento da população e acesso aos cuidados de saúde a 100 por cento, até 2015. a percentagem de famílias etíopes que precisa de uma fonte de água potável (uma torneira pública, tubos e poços seguros ou água pluvial) é de 54 por cento. a maioria, mais de 65 milhões, vive nas áreas rurais, onde a tracoma – uma doença que pode provocar a cegueira – é endémica. Esta doença é altamente contagiosa e está relacionada a falta de saneamento e condições míninas de salubridade.