Ângelo Cuniberti deixou-nos aos 91 anos. Bem merece o descanso dos servos bons e fiéis que combateram o bom combate, como dizia o Espírito pela boca de São Paulo. Mais um padroeiro para a família alargada dos Missionários da Consolata
Ângelo Cuniberti deixou-nos aos 91 anos. Bem merece o descanso dos servos bons e fiéis que combateram o bom combate, como dizia o Espírito pela boca de São Paulo. Mais um padroeiro para a família alargada dos Missionários da ConsolataRecordo aquele senhor alto, aprumado e cavalheiresco que tive por companheiro durante seis meses de noviciado, em 1951-52, na Certosa di Pesio, no norte da Itália. Era sacerdote da diocese de Mondovì antes de entrar para os Missionários da Consolata e fazia um trabalho excepcional como encarregado da ação Católica da sua diocese. E de repente viera-lhe a paixão de ser missionário. Quando o mestre de noviços da Consolata falou no caso ao bispo da diocese, este voltara-se de repelão e quase gritara: O padre ângelo, nunca o deixarei sair da diocese!. Pouco tempo depois, o padre ângelo já estava no noviciado dos Missionários da Consolata.

Em 1961 foi nomeado Vigário apostólico de Florência, na Colômbia, uma zona infestada por guerrilha e cocaína, onde quase tudo estava por fazer em muitas zonas da imensa diocese. Florestas, rios de grande caudal, flora e fauna riquíssimas, aldeolas de gente pobre espalhadas pela floresta amazónica daquele vasto território, viagens de barco e a cavalo que duravam dias, tudo aguentava a vontade férrea deste prelado que, ao serviço de Cristo, da Igreja e dos pobres lá trabalhou como bispo até 1978.

O bispo Cuniberti faleceu no hospital de Rivoli, no norte de Itália, terça-feira, 26 de junho. Uma vida longa, cheia de entusiasmo, ao serviço da Igreja, em variadas atividades missionária.