Demora no anúncio oficial dos resultados da segunda ronda das eleições presidenciais e a incerteza pelo estado de saúde do ex-presidente, Hosni Mubarak, levou de novo milhares de manifestantes à famosa Praça Tahrir
Demora no anúncio oficial dos resultados da segunda ronda das eleições presidenciais e a incerteza pelo estado de saúde do ex-presidente, Hosni Mubarak, levou de novo milhares de manifestantes à famosa Praça Tahrir O clima é de divisão e contestação. Enquanto se aguardam com grande expectativa os resultados oficiais da segunda volta das eleições presidenciais no Egito, correm notícias contraditórias sobre o estado de saúde do ex-presidente, condenado a prisão perpétua por causa da morte de manifestantes nas rebeliões do ano passado e agora internado num hospital. a sua morte já foi anunciada e desmentida várias vezes. Indignados, milhares de manifestantes concentraram-se na Praça Tahrir, no Cairo, para exigir a divulgação dos resultados eleitorais e contestar as emendas introduzidas pelo Supremo Conselho das Forças armadas (SCaF) na Declaração Constitucional de março de 2011 (norma transitória promulgada depois da renúncia de Mubarak), que amplia os poderes dos militares nos campos legislativo e financeiro. a dissolução do Parlamento, decretada pela Corte Constitucional e a falta de definição dos poderes presidenciais alimentam o receio nas forças islâmicas e também nos grupos liberais que iniciaram a revolta em 2011. Temem que a alta cúpula militar se prepare para avançar com um golpe institucional, esvaziando o poder dos organismos eleitos democraticamente.