Forma como estão a ser preparadas e proferidas as homilias dominicais nem sempre têm em conta «a mensagem e o destinatário», concluí­ram os bispos, reunidos em Fátima, nas jornadas pastorais
Forma como estão a ser preparadas e proferidas as homilias dominicais nem sempre têm em conta «a mensagem e o destinatário», concluí­ram os bispos, reunidos em Fátima, nas jornadas pastorais Temos grandes progressos a fazer, penso que algumas homilias de domingo não têm em conta nem a mensagem nem o destinatário, afirmou o cardeal-patriarca de Lisboa, José Policarpo, numa conferência de imprensa durante as Jornadas Pastorais do Episcopado, que esta quinta-feira terminam em Fátima. Os bispos discutiram a forma como a teologia tem sido comunicada na pregação e concluíram que há muito a dizer nesse capítulo. Segundo o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, citado pela agência Ecclesia, compete aos padres uma particular atenção à forma como preparam e proferem as suas homilias, com o realismo de quem comunica e do destinatário da comunicação. José Policarpo sublinhou ainda que existem exageros antropológicos no Ocidente que a Igreja católica deve corrigir e denunciar. Temos de fazer um esforço muito grande para que as nossas denúncias não sejam só denúncias, mas também anúncio, disse o cardeal-patriarca, acrescentando que é necessário anunciar uma perspetiva bela da vida humana. as jornadas pastorais promoveram várias conferências e painéis temáticos, com intervenções de bispos, teólogos, economistas, sociólogos e outros especialistas, incluindo Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura, e José de Souto Moura,ex-procurador geral da República.