Vigário apostólico de São Vicente conta com os leigos para levar por diante a missão de evangelizar no meio da violência e o ateí­smo. O missionário da Consolata está de visita ao Santo Padre, na chamada visita quinquenal dos bispos colombianos «ad limina»
Vigário apostólico de São Vicente conta com os leigos para levar por diante a missão de evangelizar no meio da violência e o ateí­smo. O missionário da Consolata está de visita ao Santo Padre, na chamada visita quinquenal dos bispos colombianos «ad limina»Cada membro da comunidade deve tornar-se missionário, evangelizador. a força e a coragem para continuar a seguir em frente está nos leigos que assumem a sua missão de agentes pastorais, declara o bispo Javier Munera Correa, vigário apostólico de São Vicente-Puerto Leguizamo, Colômbia. O jovem prelado trabalha na região da amazónia colombina, onde os Missionários da Consolata estão presentes há mais de 60 anos. Presentemente encontra-se em Roma, na visita quinquenal ad limina apostolorum, isto é à Sede apostólica, juntamente com os bispos da Colômbia. além do encontro com o Papa, acontecem, nesta visita, vários encontros com os organismos do Vaticano. Recebemos a herança do trabalho dos missionários Capuchinhos catalães, que trabalharam muito no Caquetá, conta o prelado. O território é habitado por povos indígenas que vivem ao longo dos grandes rios Caquetá e Putumayo. Há também colonos que vieram para a região devido à violência que se viveu na Colômbia nos anos 50. Há ainda grupos de agricultores que se encontraram perante o problema da coca. O território está marcado pela ação da guerrilha das FaRC (Forças armadas revolucionárias da Colômbia), onde operam há 48 anos, lutando pelo controlo político, social e militar da região. Nesta situação, como Igreja, somos chamados a evangelizar, enfrentando alguns grandes desafios. antes de mais, a violência do exército e da guerrilha, mas também a violência de outro tipo relacionada com esta. Há fatores históricos e culturais que determinam o modo de viver das comunidades. Por outro lado, a guerrilha, com a sua ideologia de inspiração marxista, ateia e defensora da luta de classes, destrói as bases da comunidade e a fé em Deus. O terceiro grande desafio é a cultura consumista, que deteriora muitos valores. O bispo Javier Munera Correa sublinha a urgência da nova evangelização para fortificar o anúncio de Jesus Cristo a todos os níveis. E acrescenta: Se antes era suficiente manter uma fé herdada, hoje devemos repropor a fé ao nosso território, juntamente com a formação das comunidades. É urgente promover caminhos de fé, isto é, a catequese, a formação, o amadurecimento da fé. É um desafio para quem naquelas paragens tem de enfrentar seitas de todo o género. a nova evangelização deve ter em conta estes desafios para conseguir chegar a todos.