Dos 26 mil combatentes que depuseram as armas e se entregaram às autoridades ugandesas, apenas 5000 foram reintegrados nas suas comunidades ou regiões de origem. E alguns foram expulsos pelos moradores
Dos 26 mil combatentes que depuseram as armas e se entregaram às autoridades ugandesas, apenas 5000 foram reintegrados nas suas comunidades ou regiões de origem. E alguns foram expulsos pelos moradoresÉ grave que se tenha interrompido o programa por falta de verbas, pois existe o risco que os ex-combatentes retomem as armas e regressem à selva, alerta o representante das Nações Unidas, Nathan Twinomugisha, lamentando que se tenha interrompido a reintegração de milhares de ex-combatentes do Exército de Resistência do Senhor (LRa), liderado por Joseph Kony. De acordo com as normas estabelecidas no programa, cada ex-rebelde inscrito deveria receber cerca 260 xelins (aproximadamente 95 euros), um colchão com lençóis, copos, pratos e fornecimento regular de feijão e milho. Mas até agora, dos 26 mil soldados que entregaram as armas voluntariamente, apenas 5000 receberam apoio e regressaram às suas comunidades. O desarmamento é um tema difícil no norte do Uganda, sujeito durante muitos anos aos abusos cometidos pelos rebeldes, seguidores de Kony. alguns, ao regressarem depois de passarem anos na selva, foram expulsos pelas comunidades de origem e precisam de ajuda para conseguir meios de subsistência, refere a agência Misna. a verdade é que a integração e reconciliação não ocorreu ainda no norte do Uganda, afirma o bispo emérito de Kitgum, Baker Ochola, que pertence a um movimento de paz dos líderes religiosos. Segundo o prelado, o desarmamento, a desmobilização e a reintegração são uma prioridade essencial para a paz.