Nações Unidas querem colocar a silvicultura no centro da discussão na Conferência Rio +20. asseguram que a utilização sustentável dos recursos florestais pode contribuir para a redução da pobreza e da fome
Nações Unidas querem colocar a silvicultura no centro da discussão na Conferência Rio +20. asseguram que a utilização sustentável dos recursos florestais pode contribuir para a redução da pobreza e da fome as florestas e as árvores nas explorações agrícolas são uma fonte direta de alimentos, energia e rendimentos para mais de mil milhões de pessoas pobres do mundo, afirmou esta segunda-feira um responsável da Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação (FaO), acrescentando que a silvicultura pode liderar o caminho para economias mais sustentáveis e mais verdes, desde que sejam aplicados programas e políticas adequadas. Num documento a apresentar na Conferência Rio +20, no Rio de Janeiro, Brasil, a FaO concluiu que as florestas do mundo têm um papel importante a desempenhar na transição para uma nova economia mais verde. Mas para que ocorra essa mudança, os governos devem pôr em prática programas e políticas que visam tanto a libertação do potencial das florestas, como a garantia de que serão geridas de forma sustentável, salientou Eduardo Rojas-Briales, diretor-geral adjunto das Florestas da FaO. De acordo com as Nações Unidas, cerca de 350 milhões das pessoas mais pobres do mundo, incluindo 60 milhões de indígenas, dependem das florestas para a sua subsistência diária e sobrevivência a longo prazo. a floresta na exploração agrícola, também conhecida como agro-floresta, em alguns casos assegura perto de 40 por cento do rendimento através da recolha de madeira, frutas, óleos e medicamentos. Para os responsáveis da FaO, colocar as florestas no coração de uma nova economia verde vai exigir, antes de mais, políticas mais fortes e programas que incentivem os empresários a apostar no uso sustentável dos recursos florestais. Isso inclui a remoção de incentivos perversos que levam à desflorestação, à degradação e à conversão das florestas para outros usos, assim como aqueles que promovem o uso de matérias-primas não renováveis como o aço, o cimento, o plástico e os combustíveis fósseis, que competem com a madeira e o bambu, referem.