a polícia paraguaia descobriu mais dois corpos de trabalhadores rurais, um dia depois do tiroteio entre grupos de sem terra e agentes da polícia, numa fazenda do nordeste do país. Pelo menos 15 pessoas foram mortas no confronto
a polícia paraguaia descobriu mais dois corpos de trabalhadores rurais, um dia depois do tiroteio entre grupos de sem terra e agentes da polícia, numa fazenda do nordeste do país. Pelo menos 15 pessoas foram mortas no confrontoFontes da polícia confirmaram que os dois cadáveres foram encontrados numa área florestal a 380 quilómetros a nordeste de assunção, onde a polícia e os trabalhadores rurais se enfrentaram na sexta-feira, 15 de junho, durante uma operação de despejo. Pelo menos seis polícias e nove sem terras morreram no tiroteio. O confronto teve lugar numa fazenda do conhecido político e empresário Blas Riquelme, no departamento de Canindeyú, na fronteira com o Paraná. O massacre provocou a demissão do ministro do Interior, Carlos Filizzola, e do comandante da polícia, Paulino Rojas, cujos substitutos, Rubén Candia amarilla e arnaldo Sanabria, respetivamente, já tomaram posse. Os despejos e ocupações de terras são frequentes no Paraguai, mas é a primeira vez que se regista um confronto tão grande e tão trágico. Os grupos dos sem terra acusam o Estado de ter cedido ilegalmente terrenos a latifundiários e produtores agrícolas, principalmente durante a ditadura do general alfredo Stroessner, que governou o país de 1954 a 1989.