a cidade que esta quarta-feira acolhe o jogo que pode assegurar a presença da seleção portuguesa de futebol no Campeonato Europeu tem um passado feito de guerras e expulsões. O ambiente ainda faz lembrar a antiga União Soviética
a cidade que esta quarta-feira acolhe o jogo que pode assegurar a presença da seleção portuguesa de futebol no Campeonato Europeu tem um passado feito de guerras e expulsões. O ambiente ainda faz lembrar a antiga União Soviética a cidade de Lviv localiza-se na parte ocidental da Ucrânia, perto da fronteira com a Polónia. Tem cerca de 686 mil habitantes, foi fundada em 1256 pelo duque da Ruténia, Daniel, passou para soberania polaca em 1340, austríaca em 1772, de novo polaca em 1919 (depois de sangrentas batalhas nos arredores durante a 1a guerra mundial). as tropas soviéticas ocuparam a cidade no início da II guerra mundial (1939) e mais tarde foi a vez do exército alemão de 1941 a 1944. Em 1945 foi cedida pelo aliados à URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e passou a fazer parte da República Socialista Soviética da Ucrânia. a população polaca foi expulsa, sendo a maioria enviadapara acidade de Breslavia (que até 1945 havia sido alemã), e Lviv foi repovoada por população ucraniana. O centro histórico foi declarado Património Cultural da Humanidade pela Unesco em 1998. Todo o ambiente e sociedade faz lembrar a antiga União Soviética, a começar pelas línguas faladas na região: Ucraniano e Russo. O Francês e o Inglês são desconhecidos pela maioria da população, polícia e mesmo em restaurantes. a destoar, neste período de festa desportiva, encontra-se a Fanzone, um recinto criado para os adeptos se divertirem antes e depois dos jogos. Lá dentro há tendas com várias bugigangas e alguma comida, embora predominem os cachorros com salsichas, e algumas pizzas. Fora desta zona, os restaurantes são escassos e mal fornecidos. De facto parece que, ou não têm muitos turistas, ou os que vêm não apreciam estas coisas. Mesmo ao fundo da fanzone encontra-se o palco gigante tendo nas suas traseiras o imponente edifício da casa da Ópera. Intrigados com a euforia de alguns adeptos estrangeiros, vários habitantes locais saem à rua para apreciar as movimentações, mas outros, sentados nos bancos da praça, continuam tranquilamente a jogar damas e xadrez (a cidade é famosa por ter vários campeões nacionais de xadrez e é um polo de difusão da modalidade a nível nacional). Os mais idosos gostam de rezar em frente a um crucifixo colocado no canto da praça, ou junto da estátua de nossa Senhora, também por ali perto. Esta quarta-feira vão assistir a mais um momento de festa. a festa do futebol. Resta saber se são os portugueses a celebrar.