a situação humanitária no país é cada vez mais dramática, por causa da guerra e das dificuldades da transição democrática. a fome alastra a cada dia e está a assumir proporções alarmantes
a situação humanitária no país é cada vez mais dramática, por causa da guerra e das dificuldades da transição democrática. a fome alastra a cada dia e está a assumir proporções alarmantes Os responsáveis da Unicef consideram-na a segunda crise humanitária mais grave do mundo, depois da afegã, e apelam à ajuda dos países do Golfo Pérsico para evitar uma catástrofe. a crise piorou depois das revoltas populares que levaram à renúncia do presidente ali abdullah Saleh e milhares de famílias sofrem agora as consequências conjuntas da inflação e dos conflitos. Neste momento, mais de 250 mil crianças enfrentam problemas de fome e desnutrição, que as podem colocar em risco de vida. “É necessária uma intervenção imediata e mais ajuda dos países do Golfo Pérsico. Precisamos de prevenção e de tratamentos específicos, apelou Geert Cappelaere, representante da Unicef no Iémen. De acordo com os últimos dados da agência da ONU, das treze milhões de crianças iemenitas, cerca de 58% dos menores de cinco anos sofre de anomalias no desenvolvimento por causa da desnutrição, estando perto de um milhão em estágio grave de desnutrição e um quarto em risco de morte. a morte das crianças por falta de alimentos é acelerada pela ignorância da população, em particular nas áreas rurais. Daí a necessidade de uma campanha de sensibilização voltada não somente à população, mas também aos representantes governamentais que, em algumas províncias, de acordo com o Ministério da Saúde, não estão dispostos a colaborar, piorando uma situação que já chegou ao extremo, adianta Cappelaere.