Manuel Clemente, bispo do Porto, afirmou na Ponta do Sol, Madeira, que «a solidariedade é que faz uma nação». O prelado fez esta declaração à margem de uma conferência no âmbito dos 500 anos da criação da diocese do Funchal em que foi orador
Manuel Clemente, bispo do Porto, afirmou na Ponta do Sol, Madeira, que «a solidariedade é que faz uma nação». O prelado fez esta declaração à margem de uma conferência no âmbito dos 500 anos da criação da diocese do Funchal em que foi oradorO bispo do Porto manifestou o desejo de que o Dia de Portugal do próximo ano seja melhor, respondendo à pergunta se hoje é um dia particularmente triste para os portugueses, confrontados com a crise e as medidas de austeridade. Temos passado outros que também não têm sido muito alegres, nós existimos há muitos séculos e a nossa sociedade tem atravessado crises complicadas, refere a agência Lusa. agora esta passa-se no contexto em que se passa, que para muita gente é difícil e dificílima; perplexa é para quase todos. a alguns ataca mais diretamente, mas a todos nós também, porque a solidariedade é que faz uma nação; e, portanto é o 10 de junho de 2012. Esperemos e façamos para que o de 2013 seja melhor. O também vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa foi confrontado com as declarações do presidente da República, Cavaco Silva que defendeu ser urgente adotar novas políticas de emprego em Portugal e na Europa. aí estamos todos de acordo, a crise é de tal ordem que a solução também tem que ser global, afirmou Manuel Clemente.com o desenvolvimento tecnológico e industrial, o problema do emprego não se vai colocar com aquele caráter indiferenciado e geral que se punha antigamente. O prelado salientou que, hoje em dia, a política de emprego inclui toda a sociedade naquilo que nós conseguirmos ser mais criativos. até a própria relação trabalho-sociedade se vai pôr em termos novos, afirmou o bispo do Porto.com a especialização crescente de todos os setores, que depois envolve menos gente a fazer as mesmas coisas, é um problema global da sociedade, é dos governos, das instituições europeias, é das universidades, é global. Os níveis de desemprego em diversos países europeus estão a tornar-se socialmente insustentáveis. É urgente adotar novas medidas de emprego à escala nacional e à escala europeia. O combate à falta de emprego, sobretudo entre os mais jovens, deve estar no topo das prioridades da agenda social europeia, defendeu igualmente o presidente da República, durante a sessão comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.