Depois de obstruções anteriores, os observadores da ONU chegaram sexta-feira à aldeia Síria de Mazraat al-Qubeir, onde um massacre de civis ocorreu na quinta-feira. O regime sírio está sob absoluta pressão
Depois de obstruções anteriores, os observadores da ONU chegaram sexta-feira à aldeia Síria de Mazraat al-Qubeir, onde um massacre de civis ocorreu na quinta-feira. O regime sírio está sob absoluta pressãoEncontrámos a aldeia vazia, sem os seus habitantes locais, com marcas nas estradas de [tanques militares] BMP, uma casa danificada por bombardeamentos e tiroteios, por uma variada gama de tipos de calibre [de armas] e granadas, afirmou a porta-voz da equipa de supervisão da ONU na Síria (UNSMIS), Sausan Ghosheh. Encontrámos casas queimadas e, pelo menos, uma incendiada com corpos no seu interior – havia um forte cheiro a carne queimada.

De acordo com relatos da comunicação social, ativistas sírios afirmam que as tropas governamentais e milicianos pró-regime massacraram pelo menos 78 habitantes de Mazraat al-Qubeir, perto da cidade de Hama, na quinta-feira. O Governo sírio disse que as acusações são falsas, mas há fotos (muitas tiradas por telemóveis) que mostram corpos das vítimas, incluindo mulheres e crianças.

Um grupo de 25 observadores da UNSMIS chegou à vila a meio da tarde de sexta-feira, depois de a sua viagem ter sido dificultada com obstruções várias em tentativas anteriores. a comunidade internacional condenou de forma ainda mais assertiva este segundo massacre em semanas, com o regime de Bashar al-assad numa posição cada vez mais insustentável, apesar do apoio que a Rússia e a China mantêm a Damasco.

Também por isto, a organização de direitos humanos avaaz.org promove uma petição online que pretende um boicote ao maior fornecedor de armas da Síria, a empresa russa Rosoboronexport, que também fornece os governos da Índia e dos EUa. a petição disponível recorda que, nos últimos dias, o regime sírio massacrou pelo menos outras 27 crianças.