aliança Internacional de agências católicas para o desenvolvimento (CIDSE) desafia os líderes mundiais a mostrarem hegemonia Política na Conferência Rio+20, no Brasil, para que se consiga um mundo «mais verde e mais justo»
aliança Internacional de agências católicas para o desenvolvimento (CIDSE) desafia os líderes mundiais a mostrarem hegemonia Política na Conferência Rio+20, no Brasil, para que se consiga um mundo «mais verde e mais justo»É tempo de repensar e regressar ao controlo! É tempo de regular o mercado de maneira a servir o bem comum. Os líderes mundiais centram-se no crescimento económico como principal medida de sucesso. Mas o que significa crescimento se os mais pobres não podem participar nos seus benefícios, se ele não melhora a qualidade de vida e piora as desigualdades persistentes?, interrogam os representantes da CIDSE, num comunicado dirigido aos responsáveis civis e políticos que vão participar na Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro, entre 20 e 22 de junho. No documento, subscrito por elementos da Igreja Católica e da sociedade civil, é pedida liderança política nas decisões: Não podemos esperar para realizar um mundo mais justo e mais verde onde as pessoas, homens e mulheres, reconheçam que são uma parte integral da criação, vivendo em harmonia e respeito consigo e com os outros. a tarefa é urgente, porque construímos um mundo onde ainda demasiados cidadãos não têm alimentação, água e energia suficientes para viverem com dignidade. O escândalo de um bilião de pessoas sofrendo fome, numa violação do direito humano à alimentação, não pode continuar, refere o comunicado, que reclama mais apoio para os milhões de pequenos agricultores que continuam a produzir respeitando o meio ambiente e pede maior ênfase na luta contra as mudanças climatéricas induzidas pelo ser humano. Devem ser tomadas medidas mais ambiciosas, baseadas nos princípios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Em paralelo com o empenho pedido aos políticos, os elementos da CIDSE incitam todas as pessoas de boa vontade a adotarem uma atitude mais responsável, respeitosa e solidária. Juntos, seremos capazes de traçar um novo caminho que conduza a um mundo justo e sustentável. Os pobres podem ser marginalizados, mas no seu esforço diário pela sobrevivência demonstram criatividade e têm forjado alternativas que constituem uma fonte inesgotável de aprendizagem e referência na elaboração de políticas públicas, adianta o documento.