O mês de junho é para os missionários, missionárias e para todas as pessoas que se reúnem ao redor de Nossa Senhora da Consolata, um tempo significativo, que provoca e convoca para a missão
O mês de junho é para os missionários, missionárias e para todas as pessoas que se reúnem ao redor de Nossa Senhora da Consolata, um tempo significativo, que provoca e convoca para a missãoOs missionários são enviados àqueles que estão longe de nós, distantes por causa da cultura, fé ou história. Na verdade, estão longe, mas não necessariamente distantes fisicamente. São estrangeiros, mas podem ser os nossos vizinhos. Ser missionário, não consiste tanto no que faço, mas essencialmente no que sou. À semelhança de Jesus, sou aquele que é enviado (Heb 3,1). O missionário não é um turista. O turista pode ir a lugares exóticos, fazer fotografias, saborear comidas e ver lugares maravilhosos e voltar a casa mostrando orgulhosamente camisas com slogans. O missionário é sobretudo um sinal da presença do Reino de Deus permanecendo e acompanhando as pessoas e comunidades. a missão implica fidelidade para comunicar a beleza de Deus. Num mundo cheio de imagens, como posso manifestar a glória de Deus e a sua beleza?O Cristianismo encontra o seu ponto central na ressureição de Jesus. É um acontecimento que oferece transformação. O grande desafio para a nossa missão é tornar visível Deus através de gestos de libertação, transformar pequenos acontecimentos quotidianos, em sinais da presença do Reino de Deus. Necessitamos de pequenos sinais da liberdade de Deus e da sua vitória sobre a morte. Celebrar a festa da nossa Padroeira, Nossa Senhora da Consolata, remete-nos para o essencial da vida cristã que é a contemplação do mistério de Deus e a sua presença na vida e história da humanidade, e de cada um de nós. Proclamamos a Palavra de Deus porque contemplamos a verdadeira imagem de Deus que se faz próximo. Maria, soube contemplar profundamente o mistério de Deus na sua vida, no silêncio, no discernimento da vontade de Deus, no fazer-se próxima, visitando a sua prima Isabel, e partilhando a ação de Deus na sua vida e na vida do seu povo. Maria discípula, Maria consolada por Deus, portadora da verdadeira consolação, que é Jesus. Maria indica-nos o caminho da missão que é manifestação (epifania) e proclamação. Fidelidade, humildade, liberdade, verdade e silêncio são atitudes que permitirão a todos nós, a exemplo de Maria, viver na história humana com a esperança de que o Reino de Deus está no meio de nós e que há de manifestar-se com toda a sua força na medida em que nos abrimos à ação de Deus. Que Nossa Senhora da Consolata nos ilumine e fortaleça o nosso compromisso na construção do Reino do seu Filho. *Superior Provincial