Grupos de voluntários vão auxiliar os reclusos que saem da prisão a integrarem-se na sociedade e na família. Projeto pretende contribuir para a redução dos casos de rejeição e reincidência no crime
Grupos de voluntários vão auxiliar os reclusos que saem da prisão a integrarem-se na sociedade e na família. Projeto pretende contribuir para a redução dos casos de rejeição e reincidência no crime a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai começar a trabalhar no sentido de contribuir para a manutenção dos laços familiares dos reclusos, ajudando-os a construir um projeto de vida integrado, envolvendo a sociedade civil. Às vezes, a mulher deixa de falar com o marido preso e o que nós vamos tentar fazer é entrar em contacto com eles para que se restabeleça a ligação entre os dois, explicou à agência Lusa a vice-presidente da instituição, Cristina Louro. Fruto de um programa desenvolvido em parceria com a Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), os voluntários da CVP começaram a dar apoio aos presos, em 2009, através de visitas solidárias e promoção de ateliers variados. agora, a ideia é ir um pouco mais além, no auxílio à reintegração. Muitos dos reclusos são rejeitados pela família quando saem da prisão. Este é um problema muito complexo porque, muitas vezes, a família não os aceita e eles não conhecem mais ninguém. Nós gostaríamos que fossem inseridos na família e na comunidade, referiu a responsável. Segundo a vice-presidente da Cruz Vermelha, a falta de apoio que os reclusos sentem quando saem da prisão e a incapacidade para se inserirem na sociedade acaba por potenciar a reincidência no crime.com o nosso projeto não estamos a dizer que vamos salvar o mundo, mas vamos tentar ajudar as pessoas, sublinhou. Nos últimos quatro anos, os voluntários já ajudaram 1. 740 reclusos através de 71 projetos.