acusada de adultério, a rapariga, menor de 18 anos, está na prisão com o filho bebé, à espera dos resultados de um recurso.organização de defesa dos direitos humanos pede ao Sudão que altere o sistema penal e acabe com este tipo de punições
acusada de adultério, a rapariga, menor de 18 anos, está na prisão com o filho bebé, à espera dos resultados de um recurso.organização de defesa dos direitos humanos pede ao Sudão que altere o sistema penal e acabe com este tipo de punições a vida de Intisar Sharif abdallah está nas mãos da Justiça. Condenada à pena de morte por apedrejamento, a jovem sudanesa aguarda agora resposta ao recurso interposto por um grupo de advogados que a estão a ajudar graciosamente. Enquanto espera pela decisão, continua presa na cadeia de Omdurman, confinada a uma pequena cela, com as pernas algemadas e a ter que cuidar do seu filho, de apenas cinco meses. a organização Human Rights Watch (HRW) apela à comunidade internacional que pressione o governo do Sudão a ordenar a sua libertação. O Sudão deve reformar imediatamente a legislação discriminatória e abolir tanto a pena de morte como todos os castigos corporais que violem as obrigações decorrentes de tratados internacionais que prometeu respeitar, disse Daniel Bekele, diretora para África da HRW. abdallah foi condenada nos termos do artigo 146 da Lei Penal do Sudão, de 1991, que estabelece que a pena por adultério para uma pessoa casada é a execução por apedrejamento e para um solteira é de 100 chicotadas. Na fase inicial do julgamento a jovem negou ter cometido o adultério. No entanto, após ter sido espancada por um parente, acabou por confessar. E foi nesta confissão forçada que o tribunal se baseou para a condenar. O homem acusado de com ela ter cometido o crime negou as acusações e foi libertado, disse um dos advogados da Iniciativa Estratégica para as Mulheres no Corno de África, o grupo que está a assegurar a defesa pro bono da rapariga. Perante mais este caso de condenação com pena de morte, os responsáveis da organização de defesa dos direitos humanos alertam para a necessidade urgente do Sudão rever as suas leis penais, colocando-as em conformidade com as normas internacionais. a pena de morte por apedrejamento viola os direitos humanos e deve ser proibida, assim como a tortura e os tratamentos cruéis e incomuns, reclama a Human Rights Watch.