Nas comemorações dos 500 anos da sua fundação, a diocese do Funchal celebrou a Festa das famílias, ensombrada pelo desemprego, sobretudo quando afeta os dois membros do casal. O bispo diocesano presidiu à Eucaristia, apelando ao “positivo da vida”
Nas comemorações dos 500 anos da sua fundação, a diocese do Funchal celebrou a Festa das famílias, ensombrada pelo desemprego, sobretudo quando afeta os dois membros do casal. O bispo diocesano presidiu à Eucaristia, apelando ao “positivo da vida”No concelho de Machico, o bispo antónio Carrilho admitiu que do desemprego resultam múltiplas carências básicas, umas de ordem material e outras de natureza psicológica e relacional, refere a agência Lusa. Quando está em causa a impossibilidade de assegurar o sustento e o bem-estar da família, de assumir os encargos da educação dos filhos e outros de ordem financeira, nomeadamente quanto aos idosos e doentes, em muitas situações a família corre o risco de se fragilizar pelo abatimento ou quebra da autoestima, pelo espetro das incertezas e apreensões quanto ao futuro, pela tentação da rutura do amor e da fidelidade. Neste quadro complexo e difícil, o bispo do Funchal considerou que mais urgente se torna fortalecer a consciência do ideal da família e convidou os participantes na Eucaristia da festa da Santíssima Trindade a pensar na sua situação concreta, a valorizar e a potenciar o positivo da vida, e a procurar superar o negativo sem esquecer os outros. antónio Carrilho apresentou a família “como um edifício em construção que tem por alicerce o amor do casal, homem e mulher, e por dinamismo espiritual, o sacramento do matrimónio. O bispo do Funchal lembrou como é importante harmonizar as ocupações do trabalho com a disponibilidade de tempo para a relação entre as pessoas, para o diálogo e entreajuda, afirmando a necessidade de dar espaço à oração e à Eucaristia dominical. Referindo-se às realidades penosas da família, como situações de doença e outras formas de sofrimento, o cuidado dos mais velhos, a morte e a viuvez, antónio Carrilho apelou à solidariedade e entreajuda: São realidades da vida em qualquer família que têm de ser assumidas e resolvidas em família.