a líder da oposição birmanesa e Nobel da Paz, aung San Suu Kyi, visitou sábado, 2 de junho, o campo de refugiados de Mae Lae, no norte da Tailândia, onde milhares de pessoas, que aí­ vivem há décadas, a aclamaram
a líder da oposição birmanesa e Nobel da Paz, aung San Suu Kyi, visitou sábado, 2 de junho, o campo de refugiados de Mae Lae, no norte da Tailândia, onde milhares de pessoas, que aí­ vivem há décadas, a aclamaramFarei todo o possível para que possam regressar a casa. Tentarei ajudá-los ao máximo nas suas necessidades, prometeu a líder da oposição birmanesa, de 66 anos, à multidão que a acompanhava durante a sua visita ao hospital do campo. Mae Lae, com cerca de 40 mil refugiados, quase todos da etnia karen, é o maior dos nove acampamentos administrados pelas Nações Unidas e localizados ao longo da fronteira da Tailândia com Mianmar (antiga Birmânia). Os novos campos abrigam cerca de 140 mil birmaneses.

Não me esqueci de vós, respondeu Suu Kyi, aos cânticos dos refugiados: Longa vida para a mãe Suu. a política aterrou no aeroporto de Mae Sot, de onde seguiu em caravana de veículos para Mae Lae, a 60 quilómetros. a multidão esperava-a desde a madrugada, num campo de futebol. ao longo do percurso por onde passava a comitiva de Suu Kyi, os refugiados exibiam fotos dela e bandeiras da Liga Nacional para a Democracia (LND). Outros ostentavam cartazes com mensagens contra a repatriação forçada e exigiam ser ouvidos antes de desmantelarem os campos de refugiados.

Se os militares permanecerem no poder e continuarem as violações de direitos humanos, não queremos que nada sobre nós seja decidido sem a nossa participação, afirmava uma birmanesa, que se mostrou reticente em regressar ao seu país até que as tropas governamentais não recuem e deem garantias de segurança. as autoridades tailandesas montaram um forte dispositivo de segurança, com guardas armados ao longo do percurso de Suu Kyi para o campo. a Nobel da Paz visitou o hospital e os seus colaboradores entregaram pacotes com comida e material de ajuda humanitária.

Centenas de birmaneses exilados e imigrantes foram ao aeroporto de Mae Sot para se despedir de Suu Kyi, que chegou à Tailândia na passada terça-feira, 29 de maio, para participar no Fórum Económico Mundial sobre a Ásia Oriental, que terminou os trabalhos em 2 de junho. Em pouco mais de um ano, Suu Kyi deixou de ser uma prisioneira política para se tornar parlamentar. Regressa segunda feira a Mianmar, concluindo a sua primeira viagem ao exterior em 24 anos e prisão. Em meados de junho, a chefe do movimento democrático birmanês a fará sua primeira viagem à Europa, após a libertação.