Professores e gestores intervêm no V congresso da aCEGE, que celebra 60 anos de existência. O tema “amor como critério de gestão” é abordado sob diferentes ângulos da atividade económica
Professores e gestores intervêm no V congresso da aCEGE, que celebra 60 anos de existência. O tema “amor como critério de gestão” é abordado sob diferentes ângulos da atividade económicaReforçar excessivamente o nível de competição pode conduzir à falência da empresa, afirmou Diogo Lucena, professor catedrático e membro do Conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian. É preciso perceber que a empresa é uma valorização de pessoas e, se não houver coesão dentro da empresa, ela não é viável. O altruísmo é mais produtivo que o egoísmo da batota, como a fuga aos impostos e outras artimanhas. Para João César das Neves, professor de economia da Universidade Católica o valor económico do amor é um tema que causa estranheza. Na natureza humana as coisas são ambíguas, mas não se pode ignorar que somos de Cristo. a proposta d’Ele é o amor aos inimigos, que no dizer de César das Neves está escrito no Evangelho de modo particular para os gestores. amar o inimigo enquanto Ele pertence a Deus, mesmo que ele seja quem me enganou. O professor recorreu a São Tomás de aquino para explicar o amor aos inimigos. É uma caridade perfeita, isto é amar afetiva e efetivamente os adversários. Ninguém pode servir a dois senhores, recordou César das Neves para falar da estratégia da gestão empresarial. É necessário saber onde está o coração. E acrescentou: Não há muitas alternativas. Só pode estar em Deus e não no dinheiro. É uma questão que não tem nada a ver com o sucesso da empresa. Que aproveita ao homem ganhar o mundo, se vem a perder a sua própria vida, citou o professor. O gestor tem que escolher entre o olhar para a sombra e o olhar para a pedra. Há gestores que olham para a sua sombra, isto é, medem a sua estatura pelo tamanho da sua sombra, para subir no ranking, para ser o mais respeitado. E há aqueles que olham para o caminho, para o obstáculo que está à frente; não ligam à sombra, mas olham para a pedra. a razão de ser da empresa está em resolver problemas, servir os clientes, tratar das pessoas, melhorar as condições de vida. Quem gere a olhar para a sombra não consegue gerir em tempo nebuloso, ao passo que quem gere a olhar para a pedra, até de noite consegue gerir, com uma lanterna. amar a Deus leva-nos ao amor ao próximo e a nós mesmos.