Quase 21 milhões de pessoas em todo o mundo estão retidas em empregos em que são coagidas ou enganadas e que não os podem deixar, segundo novas estimativas publicadas pela agência das Nações Unidas de trabalho
Quase 21 milhões de pessoas em todo o mundo estão retidas em empregos em que são coagidas ou enganadas e que não os podem deixar, segundo novas estimativas publicadas pela agência das Nações Unidas de trabalhoO relatório Estimativa global do trabalho escravo – 2012, lançado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), aponta para o facto dos países da região da Ásia-Pacífico representarem a maior percentagem entre os 20,9 milhões de trabalhadores forçados no mundo – 11,7 milhões, ou seja, 56 por cento do total global. Na lista segue-se África, com 3,7 milhões, e a américa Latina com 1,8 milhões de vítimas.
a OIT sublinha que o trabalho forçado assume diferentes formas, incluindo a servidão por dívidas, tráfico e outras formas de escravidão moderna, sobretudo com as mais vulneráveis vítimas “‹”‹- as mulheres e raparigas forçadas à prostituição, os imigrantes presos pela servidão da dívida, ou os trabalhadores rurais e de fábricas mantidos nesses locais por táticas claramente ilegais com salários muito baixos ou inexistentes.
Segundo estas novas estimativas, 18,7 milhões de pessoas – 90 por cento do total – são exploradas no setor privado, por indivíduos ou empresas. Destes, 4,5 milhões são vítimas de exploração sexual forçada e 14,2 milhões são vítimas de exploração pelo trabalho forçado em atividades económicas, como a agricultura, a construção civil, a indústria ou o trabalho doméstico.