Sob o tema “tão improvável”, «amor ao próximo como critério de gestão», decorre o V Congresso dos industriais e gestores católicos de Portugal, em Lisboa
Sob o tema “tão improvável”, «amor ao próximo como critério de gestão», decorre o V Congresso dos industriais e gestores católicos de Portugal, em Lisboa a abertura do V congresso teve lugar na Universidade Católica, em Lisboa, ontem 1 de junho, com a presença do Cardeal Patriarca e do Primeiro Ministro que usaram da palavra, após o discurso de abertura do presidente da aCEGE – associação Católica de Empresários e Gestores, antónio Pinto Leite. Quero agradecer em nome de todos os portugueses, do coração português, o serviço aos mais desprotegidos que a Igreja tem prestado, sobretudo neste tempo tão adverso. a Igreja católica é a maior história de amor em Portugal, afirmou o presidente que foi longamente ovacionado. O presidente da aCEGE não se cansou de tecer elogios ao povo nobre e à nação valente que, com a ajuda da União Europeia ou sem ela, sozinhos daremos a volta por cima à atual crise, garantiu antónio Pinto Leite ao primeiro ministro, Passos Coelho, em nome dos empresários presentes. a prova da sua generosidade, que por todo o lado se sente, deu-a recentemente: os alimentos doados ao Banco alimentar. Pinto Leite revelou uma enorme confiança no presente e no futuro de Portugal. Entre outros pontos de apoio referiu-se à extraordinária geração dos nossos filhos, uma geração construída e preparada com o sacrifício dos nossos impostos. Não hesitou em afirmar: Portugal tem a elite mais bem preparada de toda a sua história. Que seria a nossa sociedade se isto fosse verdade, se fôssemos capazes de pôr em prática o desafio que este congresso anuncia, imaginou o cardeal patriarca José Policarpo. Se todos os que dirigem os diversos setores da nossa comunidade nacional, se fossem motivados pelo amor, apareceria em grande relevo, inquestionável, a dignidade de toda a pessoa humana. E acrescentou: Temos de ser todos protagonistas desta revolução cultural. É uma questão de cultura. antes de concluir, afirmou: Vamos fazer da utopia uma realidade. Vamos semear. Tal como o agricultor da parábola: Não desistamos de semear, porque a nossa utopia é a grandeza do nosso coração. Por fim o primeiro ministro Passos Coelho tomou a palavra, antes de encerrar a cerimónia. a conciliação da vida económica com os valores fundamentais da nossa sociedade e com o primado da dignidade da pessoa humana, adquiriu uma renovada urgência por todo o mundo com a crise financeira de 2008. E acrescentou: O crescimento económico abre possibilidades que vão além da indispensável satisfação das necessidades de consumo e de conforto da população. Vão mais além do que o alívio da pobreza e da superação das carências económicas dos grupos mais vulneráveis. Há que mirar às consequências não económicas do crescimento económico. Crescer significa estruturar uma sociedade mais livre.