Emissário da Organização das Nações Unidas (ONU) chega esta segunda-feira a Damasco para avaliar a situação na região, após o massacre que causou a morte a 108 pessoas, entre as quais estavam 32 crianças
Emissário da Organização das Nações Unidas (ONU) chega esta segunda-feira a Damasco para avaliar a situação na região, após o massacre que causou a morte a 108 pessoas, entre as quais estavam 32 crianças Há um mês, Kofi annan negociou um cessar-fogo na Síria, que nunca chegou a ser cumprido. a ONU enviou uma equipa de observadores para tentar intermediar a paz, mas os próprios inspetores foram alvo de ataques. Na sexta-feira, dia 25 de maio, um novo ataque provocou 108 mortos, em Houla, no centro do país. Reunido de emergência, o Conselho de Segurança condenou o governo de Bashar al assad pelo massacre. E decidiu enviar um emissário. Kofi annan era esperado esta segunda-feira na capital do país, em Damasco. O Conselho de Segurança concluiu que as vítimas foram baleadas por artilharia e tanques, inclusive com disparos à queima-roupa. E, num documento assinado por 15 países, realçou que o uso da força contra civis viola o direito internacional e os compromissos assumidos pelo governo sírio para acabar com a violência, exigindo que os responsáveis sejam responsabilizados perante a Justiça. O representante sírio na ONU, Bashar Jaafari, continua a negar as acusações que envolvem o governo de assad. Segundo ele, os atos foram cometidos por terroristas fortemente armados, que atuam contra o governo. De acordo com o embaixador, há uma operação militar ampla, completa e planeada contra o governo. Entretanto, a organização Human Rights Watch (HRW) veio exigir que o massacre seja investigado pela ONU e não pelo regime sírio, já que testemunhos sugerem que as forças governamentais foram responsáveis pela carnificina. Kofi annan devia pressionar o governo sírio a autorizar a entrada no país da comissão de inquérito nomeada pela ONU para investigar as mortes, alertou Sarah Leah Whitson, diretora da organização não governamental para o Médio Oriente e Norte de África.