Presidente do Banco alimentar considera “extraordinários” os resultados da recolha de alimentos no último fim de semana de maio. Mais de 37 mil voluntários recolheram em todo o país duas mil toneladas que vão ser distribuí­das por 2. 116 instituições
Presidente do Banco alimentar considera “extraordinários” os resultados da recolha de alimentos no último fim de semana de maio. Mais de 37 mil voluntários recolheram em todo o país duas mil toneladas que vão ser distribuí­das por 2. 116 instituiçõesUm sinal de coesão e o melhor sinal de mobilização da sociedade portuguesa, é como a presidente do Banco alimentar contra a fome, Isabel Jonet, classifica a resposta dada pelos portugueses às dificuldades colocadas pela crise. Em relação a 2011, a campanha já registava ao fim do primeiro dia um aumento de 18 %. Era a resposta generosa dos portugueses ao número crescente de pedidos de ajuda que o Banco alimentar tem vindo a registar. Os alimentos recolhidos serão entregues a cerca de 337 mil pessoas com carências alimentares comprovadas por 2. 116 instituições.

Segundo dados do Banco de Portugal, um quinto dos portugueses encontra-se atualmente em situação de pobreza. Isabel Jonet afirma que, sem as prestações sociais, cerca de metade dos portugueses viveria em situação de pobreza abaixo do nível de rendimento mínimo. O facto de, em tempos de crise, ter havido, uma vez mais, uma resposta muito positiva e entusiástica ao desafio que é lançado de seis em seis meses pelos bancos alimentares contra a fome significa que há uma capacidade de esperança, de dar a volta à crise, constata Isabel Jonet.
Para responder às solicitações, o Banco alimentar organiza campanhas de recolha de alimentos em todo o país duas vezes por ano: em Maio e Dezembro. a presente campanha continuará aberta online até ao próximo domingo, 3 de junho. O alimento mais oferecido, até ao presente, foi o arroz, mas a campanha registou a doação de outros bens não perecíveis, como leite, atum, azeite, massas, bolachas e cereais de pequeno-almoço. Há pessoas que pensam que os pobres também têm direito a comer mais do que os alimentos básicos, explica Isabel Jonet: Há pessoas que também querem dar um mimo”, como “chocolate para o leite, leite condensado, fruta em calda.

a Federação Portuguesa dos Bancos alimentares Contra a Fome coordena a campanha e anima a rede, disponibilizando informação e meios materiais. além disso, representa os Bancos alimentares Contra a Fome junto dos poderes públicos, das empresas de âmbito nacional e de organizações internacionais. Reparte dádivas, criando uma vasta cadeia de solidariedade.