O novo estado islâmico no Norte do Mali será “menos radical”, garante a rebelião. Entretanto o governo do Mali “rejeita categoricamente” a criação de um “Estado islâmico” no norte do país
O novo estado islâmico no Norte do Mali será “menos radical”, garante a rebelião. Entretanto o governo do Mali “rejeita categoricamente” a criação de um “Estado islâmico” no norte do paísUm dos porta-vozes do grupo o Movimento Nacional para a Libertação de azawed (MNLa), atayer ag Mohammed, declarou que a sharia (lei islâmica) será aplicada de uma forma mais suave no novo estado sob controlo dos rebeldes tuaregues. O MNL a e a organização islâmica ancar Eddine (os guerrilheiros da religião), anunciaram, sábado, a união das duas organizações e a proclamação do estado islâmico de azawed, com um território de 850 mil quilómetros quadrados. O acordo estabelece que o Islão será a religião do novo estado no norte de Mali. O alcorão e a Sunna (recomendações do profeta Maomé) serão as fontes do direito. Simultaneamente anunciaram a constituição de um Conselho de Transição. Esta República que se estende pelas três regiões de Kidal, Gao e Tumbuctu é o resultado de 50 anos de combates”, afirmou ag Mohammed. Por sua vez, Oumar Ould, o diretor das operações em Gao, do ancar Eddine, recusou-se a comentar o anúncio da criação do novo estado. Limitou-se apenas a dizer que espera a reação da al Qaeda para o Magrebe Islâmico (aQMI), organização muito ativa na região do Sahel. as duas organizações, o MNL a e a ancar Eddine, comprometeram-se na luta comum contra as brigadas da aQMI. O anúncio do novo estado complica ainda mais o já perturbado cenário do Mali. Recorde-se que o país está nas mãos de um regime golpista militar, que agravou a extremamente profunda divisão política da região norte do país, agora sob controlo dos independentistas tuaregues. Entretanto o governo do Mali rejeita categoricamente a criação de um Estado islâmico no norte do país pela rebelião tuaregue e pelo grupo islâmico ancar Eddine. O governo de Mali rejeita categoricamente qualquer ideia de criação de um Estado de azawad, afirmou o ministro da Comunicação e porta-voz do executivo. O Mali é um estado laico, que continuará sendo laico, garantiu o ministro Touré.