Durante o fim de semana, os voluntários do Banco alimentar contra a Fome estão a recolher alimentos para distribuir às populações carenciadas. Os primeiros dados indicam que a generosidade está a superar as expectativas
Durante o fim de semana, os voluntários do Banco alimentar contra a Fome estão a recolher alimentos para distribuir às populações carenciadas. Os primeiros dados indicam que a generosidade está a superar as expectativas Os clientes dos supermercados de todo o país estão a receber, à entrada das grandes superfícies, um saco de plástico para colocarem alimentos que ofertam. Reunidos pelo Banco alimentar serão depois distribuídos por instituições de apoio a pessoas carenciadas. À porta de um dos pavilhões do denominado alcântara valley (vale de alcântara), em Lisboa, a base do Banco alimentar no país, a presidente da instituição, Isabel Jonet, referiu à agência Lusa que ainda é cedo para contabilizar os donativos. No entanto, não deixou de frisar o facto de terem aparecido muitos voluntários para ajudar. Isabel Jonet lembrou afirmações afetuosas que acompanham os donativos: Não estou em situação igual, mas não sei se amanhã eu ou alguém da minha família vai estar desempregada. Já presença habitual nesta iniciativa, o voluntário Ricardo Castelo Branco sublinha as diferenças na boa vontade de quem dá. Há um bocadinho menos (de donativos), mas apesar da crise as pessoas continuam a dar e é importante. Maria do Céu faz contas e indica que o conteúdo do saco de plástico que entregou não deve chegar aos cinco euros. Massa, farinha, açúcar e outras coisas, é o seu donativo, que é importante, pois tem receio “de alguém não ter alimento por não ter nada. O alcântara valley vai continuar a ser a base de Isabel Jonet, apesar de ter sido eleita,na semana passada, presidente da rede europeia de Bancos alimentares para os próximos três anos. Ela própria garante: Tenho aqui a minha família e a minha família passa sempre à frente. as suas deslocações a Paris vão ser mais frequentes. Mas agora é tão fácil viajar, acrescenta. a rede europeia existe há 25 anos e, como presidente, Isabel Jonet assume a função de consolidar o trabalho de 247 bancos alimentares de 21 Estados membros. a rede dá ajuda alimentar a cinco milhões de pessoas, afirma Isabel Jonet, sublinhando a crescente importância da sociedade civil, quando pela Europa paira a ameaça de uma crise social sem fim à vista. E recorda: a vida fácil que muitos europeus julgavam durar está em risco.