Cristo faria o mesmo e somos chamados a seguir-Lhe o exemplo. Mesmo que nos custe, especialmente quando sentimos a incompetência, falta de rigor e verdade. amar os políticos não é impeditivo de exigir-lhes que respeitem a justiça social
Cristo faria o mesmo e somos chamados a seguir-Lhe o exemplo. Mesmo que nos custe, especialmente quando sentimos a incompetência, falta de rigor e verdade. amar os políticos não é impeditivo de exigir-lhes que respeitem a justiça socialComo é evidente, não temos que etiquetar os políticos como amigos ou inimigos. O seu comportamento poderá levar-nos a encarar a sua prestação como inimigos daqueles a quem deviam servir e amar. ao longo da história, tivemos exemplos concretos em que os políticos impuseram o seu poder, violentando os princípios basilares da justiça (como hoje ainda acontece) na governação dos povos. Verificou-se antes e depois de Cristo, embora no seu tempo houvesse sido marcante o poder déspota do império romano. Posteriormente, ao longo dos séculos, muitos outros mancharam a sua existência no exercício do poder. Hoje continuamos a ter políticos, uns cumpridores da sua missão, outros que infernizam a vida individual e coletiva das nações onde exercem o seu poder, não reconhecendo às pessoas o direito elementar da justiça social. Convém lembrar que falamos dos políticos que estão investidos em funções públicas, seja de governação ou outras. atualmente, a forma de exercer política não é diferente de tudo o resto, é global, embora cada país tenha os seus mentores e formas diferentes de atuar. Falemos um pouco dos políticos portugueses, os tais que nos governam bem ou mal, mas que estão investidos nessa qualidade.começa a ser tempo de a classe política do nosso país olhar para o espelho e tomar consciência do seu papel. a sua forma de agir, na generalidade, não inspira a confiança das pessoas. Isso tem muito a ver com a falta de ética e com a perceção de que eles mesmos não as respeitam, o que pode levar à insatisfação com a própria democracia. O afastamento da participação política dos cidadãos é muito nefasto, sobretudo pelo sentimento de impotência, desamparo e medo do futuro que isso pode acarretar. Há necessidade de retomar o diálogo entre os atores políticos e os cidadãos, de molde a restabelecer a confiança perdida por estes. O momento é de crise profunda, não apenas económica, mas de confiança das pessoas no sistema e nos políticos. O amor entre os seres humanos nunca deve ser posto em causa, mas é preciso que os mais fracos sintam que têm governantes que fazem o melhor para os proteger e defender, afinal foi para isso que foram eleitos. a falta de diálogo entre governantes e governados é, neste momento, uma barreira difícil de ultrapassar e isso não é culpa do povo, é o poder que não sabe ou não quer descer à terra.

Na sua oração, a Igreja pede pelos nossos governantes, tendo como intenção a sua boa ação na governação. Embora seja importante, não nos parece suficiente. Todos, leigos ou consagrados, temos de fazer ouvir a nossa voz através da sociedade e questionar os governantes para que não reduzam a política do país aos interesses exclusivos do Estado. as pessoas são o motivo da existência do Estado e os governantes nunca poderão ignorar os cidadãos em relação à justa repartição da riqueza ou dos sacrifícios, tendo a obrigação de dar o exemplo. Temos dificuldade em encontrar bons exemplos, até nas coisas mais banais do dia a dia. Embora devamos ser os primeiros a perdoar, exijamos, demonstrando que temos um coração aberto.