a cooperação dos estados membros da União africana continua mais virada para o ocidente, o que dificulta o desenvolvimento económico de África, alerta um especialista em economia
a cooperação dos estados membros da União africana continua mais virada para o ocidente, o que dificulta o desenvolvimento económico de África, alerta um especialista em economia O professor universitário, Hélder Bahu, afirmou esta sexta-feira, dia 25 de maio, em angola, que a Nova Parceria para o Desenvolvimento Económico de África (NEPaD) só vai vingar se for valorizado o comércio interno e o estabelecimento comercial inter-continental. O académico considera que atualmente a cooperação, para a maior parte dos Estados membros da União africana, é mais intensa com o ocidente, do que a nível do próprio continente, o que dificulta ainda mais os objetivos da NEPaD. África ainda pode contar com a NEPaD, embora de algum tempo a esta parte pouco ou nada se tenha ouvido a esse respeito. as assimetrias africanas são muito grandes, pois a distribuição dos recursos naturais não é equitativa, daí que seria mais profícuo se as fronteiras estivessem abertas e houvesse um comércio interno mais fluído, afirmou o docente, em declarações à agência angop, a propósito do Dia de África, que hoje se assinala. Hélder Bahu considera que a não abertura das fronteiras é uma barreira para o sucesso deste projeto e lamenta que muitos acreditem que a liberalização do comércio entre os estados possa abrir uma vaga de imigração desenfreada, que ponha em perigo a sua segurança. a NEPaD apresenta-se como uma visão e um quadro estratégicos para a renovação de África, baseada no entendimento partilhado de que é imperativo erradicar a pobreza e posicionar os países africanos no caminho do crescimento económico e desenvolvimento sustentáveis.