as situações de desleixo da família representam a maioria dos casos acompanhados pelas comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, o ano passado
as situações de desleixo da família representam a maioria dos casos acompanhados pelas comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, o ano passado O relatório anual das comissões de acompanhamento de crianças e jovens em perigo revela que foram seguidas quase 68 mil crianças em Portugal, em 2011, devido a situações de negligência, exposição a modelos de comportamento desviante, abandono escolar e maus-tratos, informou esta quarta-feira a agência Lusa. Os casos acompanhados referem-se sobretudo a crianças e jovens até aos cinco anos e dos 11 aos 14. À semelhança de anos anteriores, os distritos mais representativos em termos de sinalizações foram Lisboa, Porto e Setúbal. Do total de processos instruídos pelas 305 comissões de proteção, 25 mil foram novos. Os outros transitaram de anos anteriores. Os dados indicam ainda vários casos de prática de facto qualificado pela lei penal como crime para crianças com idade inferior a 12 anos (1. 645), abuso sexual (1. 491), criança abandonada ou entregue a si própria (1. 364), mendicidade (255) e exploração do trabalho infantil (74). O relatório será analisado hoje, dia 23 de maio, num encontro presidido pelo ministro da Solidariedade e da Segurança Social, que reunirá secretários de Estado de áreas como a Saúde, Justiça, Educação, administração Local e Juventude e Desporto, assim como representantes de várias instituições sociais que trabalham no terreno.