Quatro dezenas de missionários da Consolata reúnem-se em Fátima para o X Capítulo provincial. De 21 a 25 de maio, vão debruçar-se sobre a sua presença em Portugal e quais as responsabilidades que pretendem assumir
Quatro dezenas de missionários da Consolata reúnem-se em Fátima para o X Capítulo provincial. De 21 a 25 de maio, vão debruçar-se sobre a sua presença em Portugal e quais as responsabilidades que pretendem assumirSomos uma região relativamente pequena, poucas comunidades. É uma oportunidade para estarmos todos juntos. É uma ocasião para avaliarmos o que os outros pensam, o que nós pensamos e pôr em comum todos estes aspetos, explica Manuel Carreira, o primeiro missionário da Consolata português. Olhar para trás: de onde é que vimos? O que nós somos? E para onde queremos ir? a palavra conferência quer dizer isso mesmo: conferir o antes, o agora e o depois. Foi bom, não foi? E purgar os aspetos que são menos interessantes para aquilo que deve ser a nossa vida missionária, acrescenta o experiente missionário. a província portuguesa da Consolata vive um momento crucial, com a média etária dos missionários a elevar-se, com a escassez de novas vocações missionárias: Perdeu-se ou está a perder-se, por força das circunstâncias, aquilo que era o lema inicial da nossa presença em Portugal, que era a animação missionária e a promoção das vocações missionárias, explica Manuel Carreira. Perderam-se um pouco estas duas palavras que são a chave do nosso trabalho. Vamos olhar para o que os outros fizeram, não para fazer como eles, mas para poder ter as bases para fazer melhor. O missionário sugere que é necessário adaptar-nos aos novos tempos, às pessoas que temos, às capacidades que temos. E pergunta: Como é que podemos adaptar o que vem de trás, de longe, aos tempos modernos?. E responde: Precisamos de recuperar o que está perdido. Tem-nos faltado a capacidade para inovar. Esta conferência tem de fazer isso. a animação missionária e a promoção vocacional são os dois aspetos que têm de ser recuperados e adaptados aos novos tempos. a presença dos leigos missionários na vida do Instituto da Consolata é hoje uma realidade forte. Devemos organizar-nos, contando com a ajuda dos leigos. Quanto menos valemos pela quantidade, pela saúde das pessoas, precisamos de pontos de apoio, para que tragam, para dentro os conhecimentos que têm e que nós não temos nem nunca tivemos. Trata-se segundo Manuel Carreira, de uma inspiração de Deus, do Espírito Santo, que nos impulsiona. E confessa: Por vezes, não sabemos ler os sinais. a colaboração dos leigos é um sinal dos tempos, que temos de aproveitar. Não é só porque não podemos ou não somos capazes de fazer, que chamamos os leigos. É preciso chamá-los e dar-lhes a perceber que fazem parte da organização ou pelo menos a possibilidade de colaborarem no projeto. E conclui com um desejo: Que saibamos aproveitar bem as forças que temos e abrir-nos às forças que os leigos nos podem trazer.