Em quatro meses, 43 mil pessoas decidiram fazer a travessia do golfo de íden expondo-se a riscos e a perigos extremos, como abusos, violência de traficantes, prisões e detenções arbitrárias e regressos forçados
Em quatro meses, 43 mil pessoas decidiram fazer a travessia do golfo de íden expondo-se a riscos e a perigos extremos, como abusos, violência de traficantes, prisões e detenções arbitrárias e regressos forçadosUm número recorde de imigrantes africanos fugiram para o Iémen já este ano, com 43 mil pessoas a chegarem a este país do Médio Oriente num período de apenas quatro meses, revelou esta sexta-feira a agência de refugiados da ONU. O alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) disse ainda que está preocupado com o aumento da insegurança e do tráfico humano nesta região.
Todos aqueles que decidiram fazer a travessia [do golfo de Áden] expuseram-se a riscos e a perigos extremos em cada etapa da sua jornada, sublinhou o porta-voz do aCNUR, andrej Mahecic. [Estes imigrantes] enfrentaram níveis chocantes de abusos e violência por traficantes, bem como prisões e detenções arbitrárias, fronteiras fechadas e regressos forçados, tráfico, falta de acesso a abrigo, comida, água ou assistência médica.
No mesmo período do ano passado, cerca de 30 mil pessoas tinham feito esta mesma viagem. No entanto, andrej Mahecic disse que o aumento verificado no número total de recém-chegados reflete a crescente população etíope que migra por causa da seca e da dramática situação económica do país.