Bento XVI exortou os leigos de diversos organismos eclesiais a continuar com o empenho “pessoal e associativo, a testemunhar o Evangelho do dom e da gratuidade”. Cerca de oito mil escutaram, na aula Paulo VI, as palavras encorajadoras do Papa
Bento XVI exortou os leigos de diversos organismos eclesiais a continuar com o empenho “pessoal e associativo, a testemunhar o Evangelho do dom e da gratuidade”. Cerca de oito mil escutaram, na aula Paulo VI, as palavras encorajadoras do PapaTrabalhadores, voluntários, agentes da cultura, foram convidados pelo Papa a aproveitar os aniversários das suas associações eclesiais, presentes e representadas na audiência papal no Vaticano, neste sábado, 19 de maio, para uma reflexão sobre si mesmas. São ocasiões propícias para repensar o próprio carisma com gratidão e também com um olhar crítico, atento às origens históricas e aos novos sinais dos tempos, disse o Papa. Cultura, voluntariado e trabalho constituem um trinómio indissolúvel do compromisso quotidiano do laicado católico, afirmou Bento XVI. São realidades que tornam incisiva a pertença a Cristo e à Igreja, tanto no âmbito privado, como na esfera pública da sociedade. Três âmbitos que têm um denominador comum, no dizer do Papa: o dom de si. O empenho cultural, sobretudo escolar e universitário, orientado para a formação das novas gerações, vai além da transmissão de noções técnicas e teóricas. Implica o dom de si com a palavra e o exemplo, explicou o Papa. O voluntariado, recurso insubstituível da sociedade, visa não tanto dar coisas, mas dar-se a si mesmo na ajuda concreta aos mais necessitados. E o trabalho, que não é apenas instrumento de proveito individual, mas momento para exprimir as próprias capacidades, gastando-se com espírito de serviço, na atividade profissional seja essa de tipo operário, agrícola, científico ou de outro género. a vossa ação deve ser animada pela caridade. Isto significa aprender a ver com os olhos de Cristo e dar ao outro bem mais do que é estritamente necessário, dar-lhe o olhar, o gesto de amor de que tem necessidade. E o Papa acrescentou: Dar o próprio tempo, as próprias habilidades e competências, a própria instrução, a própria profissionalidade; numa palavra, dar atenção ao outro, sem esperar recompensa neste mundo. ao fazer o bem do outro, descobre-se a felicidade profunda, segundo a lógica de Cristo.