Na apresentação do Dia Mundial das Comunicações Sociais, o prelado de évora, pediu aos profissionais da comunicação que procurem mais o equilí­brio entre o «silêncio» e a «palavra»
Na apresentação do Dia Mundial das Comunicações Sociais, o prelado de évora, pediu aos profissionais da comunicação que procurem mais o equilí­brio entre o «silêncio» e a «palavra» O grande desafio dos media cristãos passa por contrariar a tendência geral de transformar a comunicação num monólogo e evitar a extinção do diálogo, na cultura atual, afirmou José Alves, esta quinta-feira, no lançamento do Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado sábado, pela Igreja Católica. Para o bispo de Évora, citado pela agência Ecclesia, o tema escolhido por Bento XVI revelou a ousadia de um Papa que quis salientar a importância do silêncio e apontar os limites do recurso exagerado à palavra, numa sociedade onde as pessoas são constantemente bombardeadas com mensagens transmitidas por tecnologias cada vez mais sofisticadas. a palavra está hoje imersa por um conjunto imenso de respostas para as quais não foram formuladas perguntas e por uma infindável lista de perguntas que não têm resposta, adiantou José Alves, sublinhando que o silêncio, entendido como abertura de coração e não como atitude de desinteresse ou inatividade, cria espaço para escutar, acolher e interpretar a mensagem do outro. a mensagem do Sumo Pontífice para o 46. º Dia Mundial das Comunicações Sociais salienta que quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Neste sentido, os responsáveis católicos são convidados a estarem atentos às novas formas de comunicação saídas da Internet e a analisarem as aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus.