Cheios de entusiasmo e, ao mesmo tempo, de alguma apreensão, cerca de 40 missionários debruçam-se sobre “os problemas enormes das pessoas e da sociedade”, para reprogramar a sua presença e atividade em Itália
Cheios de entusiasmo e, ao mesmo tempo, de alguma apreensão, cerca de 40 missionários debruçam-se sobre “os problemas enormes das pessoas e da sociedade”, para reprogramar a sua presença e atividade em Itália No verde repousante e sereno, junto dos alpes do norte de Itália, em Certosa di Pesio, Cuneo, está a decorrer, desde 15 de maio, a chamada conferência regional, isto é, a assembleia dos representantes dos missionários da Consolata que atuam em Itália. O evento é presidido pelo superior provincial, Sandro Carminati, e conta com a presença do superior geral, Stefano Camerlengo, assim como do conselheiro de Europa, Ugo Pozzoli. Estes exprimem a união de todos os missionários da Consolata dos diversos continentes onde estão presentes. Esta comunhão é enriquecida pelos misisonários enviados a representar Portugal, Eugénio Butti, e Espanha, Martin Ruiz José. a conferência regional não é uma assembleia de uma empresa e nem sequer de uma organização humanitária. É um encontro de missionários chamados a levar a consolação ao mundo, refere o nosso correspondente M. Nicolas. Na sua intervenção inicial, o superior de Itália convidou os missionários a uma mudança de mentalidade e de terminologia. Esclareceu que já não há missionários que regressam das missões, que reentram em pátria, nem sequer missionários jovens emprestados por outros países. E proclamou com vigor: Todos são missionários de pleno direito. Itália é terra de missão. O missionário da Consolata Francisco Peyron, superior da casa que acolhe o encontro, numa reflexão introdutória dos trabalhos, lembrou aos missionários num tom apaixonado: Não podemos estar tranquilos face aos enormes problemas das pessoas e da sociedade, não podemos continuar a olhar para os nossos pequenos problemas internos, mas temos de lançar-nos com coragem e fidelidade na nossa missão, com criatividade e audácia evangélicas. a pergunta que se impõe: Que faria hoje o beato allamano (o fundador dos missionários da Consolata)?. É a resposta que os missionários vão tentar dar nos próximos dias.