Em quatro décadas, a população com mais de 60 anos da américa Latina duplicará. Os baixos índices de fecundidade na região são indicados como a principal causa, obrigando os governos a pensarem em estratégias para enfrentar a tendênciaEm quatro décadas, a população com mais de 60 anos da américa Latina duplicará. Os baixos índices de fecundidade na região são indicados como a principal causa, obrigando os governos a pensarem em estratégias para enfrentar a tendênciaMarcela Suazo, diretora regional do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPa) para a américa Latina e o Caribe, declarou na Costa Rica que, atualmente, 10% dos latino-americanos têm mais de 60 anos, número que ficará entre 20% e 25% em 2050. a américa Latina vive dois fenómenos paralelos, que poderiam parecer contraditórios: há cada vez mais expectativa de vida, mas também menor taxa de fecundidade, declarou Suazo. a funcionária da UNFP a participará na 3a Conferência Regional Intergovernamental sobre Envelhecimento na américa Latina e no Caribe, que tem lugar na Costa Rica, de 9 a 11 de maio.organizado pela Comissão Económica para a região (CEPaL), o evento pretende refletir sobre a situação da população idosa e sobre os meios para garantir-lhe uma melhor qualidade de vida. atualmente, os latino-americanos entre 15 e 24 anos são 106 milhões, que resulta na maior geração jovem da história na região. Segundo Marcela Suazo, os governos devem garantir-lhe educação, oportunidades de trabalho e boa qualidade de vida, pensando no futuro. O diretor do CEPaL no México, Hugo Beteta, comentou que, dentro de 50 anos, haverá uma criança menor de 15 anos para cada dois idosos, relação que atualmente é de três crianças para cada pessoa maior de 60 anos. É necessário prestar atenção aos idosos e dar força à sociedade para que se transformem em forças de desenvolvimento e não só em recetores de assistência. O diretor acrescentou que, na região, há um consenso para passar do compromisso à ação e proteger com maior vigor os idosos latino-americanos. Entre os principais problemas enfrentados pela população com mais de 60 anos na américa Latina estão as dificuldades para usar os serviços de saúde de forma adequada, a desigualdade, a falta de emprego e a falta de acesso de muitos ao sistema de assistência da previdência.