a semana que passou ficou marcada pelas comemorações do 1º de maio por um lado, e pela promoção, no mesmo dia, de uma cadeia de supermercados (369 lojas) pelo outro. Ficou provado que em tempo de vacas magras, Política não convence
a semana que passou ficou marcada pelas comemorações do 1º de maio por um lado, e pela promoção, no mesmo dia, de uma cadeia de supermercados (369 lojas) pelo outro. Ficou provado que em tempo de vacas magras, Política não convence as comemorações do 1º de maio este ano ficaram marcadas por motivos políticos, que não ficam na história, e económicos, que poderão não esquecer tão cedo. Vamos por partes. No que concerne à política, a associação 25 de abril (que congrega os militares de abril), assim como Mário Soares e Manuel alegre decidiram não comparecer nas habituais comemorações do dia que tem lugar no Parlamento, por discordarem da situação calamitosa em que vivemos. É uma posição tão respeitável como qualquer outra, mas no meio desta situação houve uma personalidade que ficou mal na fotografia. Mário Soares, antigo presidente da República que tem um passado político marcante, fez uma opção pessoal, não tendo em conta os portugueses que neste momento precisam mais de união que de divisão. Foi a primeira vez que tal aconteceu com estes senhores e que acabaram por fazer a festa em manifestações de rua, onde foram acompanhados por sindicatos e partidos de esquerda. as imagens televisivas e as notícias posteriores abafaram quase por completo as comemorações políticas do sagrado (para alguns) Dia do Trabalhador. Partidos e políticos de esquerda acusaram o grupo económico de ter boicotado aquele dia por este ter aberto as lojas e feita a promoção, cujo impacto parece que lhes causou mossa e porventura assim terá sido. Senão vejamos: os empregados da cadeia de supermercados foram trabalhar no feriado (com regalias salariais e outras, segundo parece) e o público acorreu em massa a fazer compras, por que ganha pouco (nada parecido com os proventos dos senhores políticos que criticaram a situação). Contudo, este caso deverá ser analisado por outros ângulos. Efetivamente poucos ficaram indiferentes, a tal ponto que foi discutido na assembleia da República (até parece que o país não tem problemas graves, é preciso chamar à colação este tipo de atuação) e verberada a ação do promotor económico de todas as formas, esquecendo sempre que este também beneficiou os clientes, ou seja, as pessoas. É exatamente isto que os políticos criticaram, mas que não fazem: beneficiar o povo, pelo contrário vivem (uma boa parte, muito bem) à custa das pessoas e arrogam-se a falar como seus representantes. até o organismo de polícia económica foi metido no assunto. Parece que terá conseguido apurar que foram vendidos produtos abaixo do preço de custo, não o poderiam ter feito (por colidir com a lei da concorrência). Independentemente de todas estas nuances da promoção, uma coisa é certa: as pessoas (clientes) mandaram as comemorações do 1º de maio às urtigas e foram comprar os produtos, porque foi, certamente, uma oportunidade de gastar menos naquilo que precisavam. Por outro lado, este tipo de promoção já foi seguido por outra empresa de mobiliário e certamente virá a ter mais interessados, o que torna vantajoso a nível do comprador. No entanto, há pormenores importantes que entretanto vieram a público e que indiciam um lucro excessivo por parte das cadeias de supermercados. Se assim for, há necessidade de regular a sua atuação, pois se estes ganharem mais que o correto, outros estarão a perder ou com baixos lucros, caso dos fornecedores e produtores da mercadoria. Se houvesse moral nesta questão, diríamos que do mal o menos. Venham mais promoções idênticas! Mas como em comércio nada é gratuito, apenas podemos apelar para que haja mais responsabilidade a todos os níveis e, por favor, não pisem ainda mais os carenciados da sociedade portuguesa.